O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, avaliou, nesta segunda-feira (4), que a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro não deve provocar novas sanções comerciais ao Brasil por parte dos Estados Unidos. A declaração do baiano foi feita durante participação no “Roda Viva”, da TV Cultura.
Segundo o ex-presidente do Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB), as tarifas impostas recentemente pelo governo norte-americano, que chegam a 50% sobre alguns produtos, já atingem o limite máximo, o que reduz a probabilidade de novos aumentos imediatos.
Ele ressaltou, no entanto, que eventuais retaliações institucionais podem gerar impactos. “Não há justificativa comercial ou econômica para uma escalada. O que defendemos é equilíbrio e moderação”, afirmou.
As tarifas começam a valer nesta quarta-feira (6) e afetam diversos setores, com exceção de produtos como suco de laranja, aeronaves civis e fertilizantes.
Durante a entrevista, Alban elogiou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, responsável pela interlocução com Washington. “Ele é um negociador preparado, com equilíbrio e credibilidade para representar o Brasil nesse momento”, disse.
O presidente da CNI também comentou os preparativos para a COP 30, marcada para novembro, em Belém.
Questionado sobre a alta nos preços de hospedagem na cidade, ele afirmou que a situação é comum em eventos do porte da conferência. “Isso ocorre em todas as COPs. Cabe ao governo buscar soluções para mitigar abusos”, disse.
A conferência terá parte das agendas realizada antes da abertura oficial, numa tentativa de ajustar a logística e a capacidade de acomodação. Empresas como a Vale participam das obras de infraestrutura na capital paraense.
Assista à participação completa de Ricardo Alban no “Roda Viva”: