Fieb e produtores baianos se reúnem com Geraldo Alckmin pra discutir taxação de Donald Trump

Fieb e produtores baianos se reúnem com Geraldo Alckmin pra discutir taxação de Donald Trump

Redação Alô Alô Bahia

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com informações do CORREIO

Matheus Landim/GOVBA

Publicado em 04/08/2025 às 21:12 / Leia em 3 minutos

O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos, se reuniu com representantes dos setores produtivos do estado e o vice-presidente do país, Geraldo Alckmin (PSB), também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, nesta segunda-feira (4), para discutir medidas que possam reduzir o impacto da tarifa comercial de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, em especial os produzidos na Bahia. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) também participou da reunião.

A inclusão de produtos baianos na lista de exceção e a adoção, junto ao Governo Federal, de crédito diferenciado e devolução de créditos de ICMS para alguns setores mais duramente prejudicados estiveram na pauta do encontro. As exportações baianas ao mercado dos Estados Unidos representam atualmente 8,3% do total do estado, com destaque para produtos como celulose, derivados de cacau e pneus. No primeiro semestre de 2025, a Bahia exportou mais de U$S 45 milhões em manteiga, gordura e óleo de cacau para o país norte-americano.

Participando de maneira remota, Alckmin disse que é preciso que o governo e o setor privado trabalhem juntos pela exclusão de mais setores e a redução das alíquotas. Ele também adiantou novas medidas que devem ser anunciadas pelo presidente Lula (PT), nos próximos dias, em apoio ao emprego, à produção e às empresas mais atingidas.

De acordo com o governador Jerônimo Rodrigues, foi apresentado um documento com propostas a Alckmin. “Nessa reunião, ele apresentou a expectativa do Governo Federal ainda em retirada de outros produtos. Então, vamos trabalhar para que esses produtos que impactam na Bahia possam ser retirados da lista”, explicou.

De acordo com dados da Fieb, mesmo com a lista que excluiu 694 produtos brasileiros da taxação de 50%, as exportações baianas continuam sendo duramente afetadas e representam 332 dos 389 produtos sujeitos a sobretaxas. Além disso, estima-se uma perda de até R$ 1,3 bilhão na economia estadual (0,27% do PIB), com o risco de aumento da ociosidade industrial e ameaça indireta a empregos em polos como Camaçari, Candeias, Campo Formoso, Feira de Santana, Ilhéus, Jequié, Itapetinga, Vitória da Conquista, Eunápolis, Nova Soure, Brumado e Maracás, entre outros, onde setores industriais empregam cerca de 211 mil trabalhadores.

Para Carlos Henrique Passos, é importante o envolvimento do Estado e da União para que a economia baiana seja preservada. “Vamos buscar reduzir essa tarifa, através de negociação diplomática, do envolvimento do comercial, representada pelo Governo Federal. A outra, além da redução da tarifa, é a exclusão de mais produtos dessa medida”, completou.

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