Morre aos 76 anos Deolindo Checcucci, um dos ícones do teatro baiano

Morre aos 76 anos Deolindo Checcucci, um dos ícones do teatro baiano

Redação Alô Alô Bahia

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Publicado em 04/08/2025 às 16:26 / Leia em 3 minutos

O teatro baiano perdeu um de seus principais nomes com a morte de Deolindo Checcucci, aos 76 anos. Diretor, dramaturgo e professor, ele faleceu na madrugada desta segunda-feira (4), conforme comunicado divulgado por Gabriel Checcucci nas redes sociais.

“Nosso amado, Deolindo Checcucci, deixará saudades. Deo partiu na madrugada desta segunda-feira, 04/08/25. Foi tudo muito inesperado e estamos aguardando mais detalhes sobre seu falecimento”, escreveu Gabriel, sem revelar o motivo do falecimento. Ele acrescentou que informações sobre o velório serão divulgadas posteriormente.

Trajetória
Formado em 1968 pela Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Checcucci iniciou sua carreira dirigindo espetáculos em Feira de Santana. Ainda naquela década, ingressou no corpo docente da universidade, onde lecionou Teatro e Expressão Corporal.

Durante mais de cinco décadas de atuação, dirigiu textos de autores como Eugène Ionesco, Maria Clara Machado, Fernando Pessoa, Haydil Linhares e Cleise Mendes, além de apresentar obras autorais. Suas montagens são reconhecidas por abordarem temas urbanos e sociais, sempre atentos ao diálogo entre o indivíduo e a coletividade.

Entre os destaques de sua carreira estão as peças Bocas do Inferno (1979), inspirada em Gregório de Mattos, Na Selva da Cidade (1996), de Bertolt Brecht, e O Voo da Asa Branca (2000), uma homenagem a Luiz Gonzaga que obteve sucesso de público em várias regiões do país.

Além da produção artística, Checcucci teve papel relevante na educação e gestão cultural. Atuou como chefe de departamento, coordenador de colegiado e diretor da Escola de Teatro da UFBA, contribuindo para a formação de diversas gerações de artistas e diretores.

Ele também se dedicou ao teatro infantojuvenil e introduziu inovações cênicas no teatro baiano, como o uso de estruturas verticais e múltiplos planos de ação, recursos influenciados por experiências acadêmicas nos Estados Unidos.

Homenagens
A Fundação Gregório de Mattos (FGM) lamentou a morte do artista. “Diretor, mestre e artista comprometido com a cultura, Deolindo deixa um legado marcante na história das artes cênicas da Bahia”, publicou a entidade.

O presidente da FGM, Fernando Guerreiro, também prestou homenagem: “Grande nome de nosso teatro, figura fundamental na construção de uma linguagem baiana nos palcos, Deolindo Checcucci partiu. Diretor de montagens históricas como Boca do Inferno, foi também um mestre dedicado e um ser humano atencioso e extremamente generoso. Vamos celebrar sua vida e obra.”

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