Em meio ao impasse nas negociações por um cessar-fogo em Gaza, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou que o país reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina durante a Assembleia Geral da ONU, marcada para setembro. A decisão foi comunicada em carta enviada ao presidente palestino, Mahmud Abbas.
Macron afirmou que a medida busca responder às aspirações legítimas do povo palestino e pôr fim à violência. A reação de Israel foi imediata: o premiê Benjamin Netanyahu condenou a decisão e afirmou que ela favorece o terrorismo. “Os palestinos não querem um Estado ao lado de Israel, mas no lugar dele”, disse.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos suspenderam sua participação nas negociações em Doha, alegando falta de boa-fé por parte do Hamas. O grupo islâmico e outras facções foram pegos de surpresa com a saída dos americanos e o retorno dos delegados israelenses.
Enquanto isso, a ONU voltou a denunciar a crise humanitária em Gaza. A organização alertou para o avanço da fome, classificando os moradores como “cadáveres ambulantes”. Segundo dados, 113 pessoas já morreram de inanição, e uma em cada cinco crianças sofre de desnutrição.