O Reino Unido e outros 24 países enviaram uma carta conjunta a Israel, nesta segunda-feira (21), pedindo o fim imediato da guerra na Faixa de Gaza. No documento, os governos criticam também o modelo israelense de distribuição de ajuda humanitária, após relatos da morte de centenas de palestinos próximos aos pontos de entrega de alimentos.
“A guerra em Gaza deve acabar agora. O sofrimento dos civis atingiu novos patamares”, diz a carta. “O modelo de prestação de ajuda do governo israelense é perigoso, alimenta a instabilidade e priva os moradores de Gaza de sua dignidade humana.”
A carta foi assinada por países como França, Alemanha, Japão, Canadá, Austrália, Itália, Suécia, Noruega, Espanha e Portugal, além da comissária europeia de Igualdade, Hadja Lahbib. Os signatários apontam que mais de 800 palestinos teriam sido mortos enquanto buscavam ajuda humanitária, classificando a situação como “inaceitável”.
“É horrível que mais de 800 palestinos tenham sido mortos enquanto buscavam água e alimentos”, diz o texto.
O documento condena ainda a restrição israelense ao fornecimento de insumos básicos e acusa o governo de Benjamin Netanyahu de impedir a entrada de ajuda essencial aos civis.
Atualmente, a distribuição humanitária em Gaza é controlada pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), operada por empresas privadas americanas, após o bloqueio total imposto por Israel.
Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Oren Marmorstein, classificou a carta como “desconectada da realidade”:
“Todas as reivindicações devem ser dirigidas ao Hamas, o único responsável pela continuação da guerra. Israel já aceitou um acordo de cessar-fogo. O Hamas é quem se recusa a aceitar”, afirmou.
