Preta Gil aceitou papel na novela “Os Mutantes” após crise financeira: “Fiz por dinheiro”

Preta Gil aceitou papel na novela “Os Mutantes” após crise financeira: “Fiz por dinheiro”

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com
Publicado em 21/07/2025 às 10:31 / Leia em 3 minutos

Conhecida por seu talento como cantora, Preta Gil, que morreu aos 50 anos de idade neste domingo (20), também se arriscou no mundo da atuação em sua carreira. Em 2007, a artista foi um dos destaques do elenco da novela Caminhos do Coração, primeira fase da trilogia Os Mutantes, na Record.

Na trama escrita por Tiago Santiago, a atriz interpretou Helga, uma das vilãs na fase inicial da história. Em sua autobiografia, Os Primeiros 50, lançada no ano passado, Preta chegou a comentar um pouco sobre o período de sua vida e confessou que aceitou o convite apenas por dinheiro.

“Eu tive que aceitar por causa da grana. Eu lia o roteiro e olhava meu extrato do banco e chorava. Os dois eram péssimos. Eu não preciso de muita para viver, mas é angustiante não ter dinheiro nem para começar um projeto, nem para comer uma pizza na esquina. Não tem muito o que fazer, vou fazer o quê? Uma novela na Record chamada Os Mutantes”, contou.

Em outro trecho da publicação, a cantora contou que pensou em recusar a proposta, mas após uma reunião com o diretor acabou sendo convencida. “Quando li o roteiro, tive uma síncope. Era uma imitação de uma ideia que estava rolando nos Estados Unidos, uma coisa de super-heróis. Fui para a reunião com o Alexandre Avancini, que era o diretor, muito disposta a dizer não, pois eu estava constrangida com o roteiro. Ele foi tão persuasivo e tão entusiasta, dizendo que estavam trazendo uma equipe de Los Angeles para efeitos especiais maravilhosos“.

Apesar de não ter gostado do resultado de seu trabalho, a novela acabou se tornando um sucesso da programação da Record entre 2007 e 2009. Além de atuar na primeira fase da novela, que teve 240 capítulos, ela também fez participação especial na segunda trama. “A novela marcou época e acabou sendo um divisor de águas na emissora, mas eu não estava feliz”, disse.

“Tinha colegas de trabalho que me conheciam, mas eu não me sentia em casa, diferentemente da Globo, onde sempre me sinto em casa. E, além de tudo, tem aquela coisa da emissora evangélica. Nada contra os evangélicos. O problema é que sempre entrava algum bispo no estúdio dando suas opiniões sobre as cenas. Em uma delas, minha personagem rezava e, como o autor também não era evangélico, no roteiro tinham velas e eu unia as mãos para representar. Então, um bispo entrou e disse que não podia ter velas, nem rezar com as mãos unidas porque era ‘coisa de católico’. Tenho criação católica, candomblé, tudo junto. Então, velas e mãos unidas sempre foram algo comum para mim”, disse.

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