O Departamento de Justiça da Argentina determinou que a ex-presidente Cristina Kirchner e outros oito condenados no caso Vialidad paguem cerca de 684,9 bilhões de pesos argentinos , o equivalente a aproximadamente R$ 3 bilhões na cotação atual.
A decisão foi assinada nesta terça-feira (16) pelo juiz Jorge Gorini, que estipulou um prazo de 10 dias úteis para o pagamento. A data-limite é a manhã do dia 13 de agosto de 2025, segundo informações do jornal argentino Clarín.
Condenada a seis anos de prisão, Cristina Kirchner também está impedida de ocupar cargos públicos. A Justiça a acusa de chefiar um esquema de desvio de verbas públicas durante sua gestão presidencial. Desde junho, a ex-presidente cumpre pena em regime domiciliar, após a confirmação da sentença pela Corte Suprema da Argentina.
Os juízes Jorge Gorini e Rodrigo Giménez Uriburu afirmaram que o montante deverá ser recolhido “em conformidade com o confisco decretado em decorrência do processo de apuração fidedigna do dano causado ao erário público, considerado fruto de ato gravíssimo de corrupção”.
Segundo o Clarín, a Justiça rejeitou os valores apresentados tanto pelos peritos da defesa de Kirchner quanto pelos representantes do Ministério Público.
Além da ex-presidente, também foram condenados no processo:
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o empresário Lázaro Báez
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os ex-funcionários José López, Nelson Periotti, Mauricio Collareda, Raúl Daruich, Juan Carlos Villafañe, Raúl Pavesi e José Santibáñez
As penas variam de três anos e meio a seis anos de prisão. O tribunal, no entanto, não especificou a parcela que cabe a cada um dos réus no pagamento do valor total. A defesa de Kirchner ainda não informou se pretende recorrer da decisão.