Peritos brasileiros estimam que Juliana Marins morreu 32 horas após queda

Peritos brasileiros estimam que Juliana Marins morreu 32 horas após queda

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Gabriel Moura

Reprodução

Publicado em 11/07/2025 às 14:33 / Leia em 3 minutos

A nova autópsia realizada no corpo da publicitária Juliana Marins, que morreu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, indica que ela faleceu cerca de 32 horas após a primeira queda, ocorrida no dia 20 de junho. A conclusão foi apresentada nesta sexta-feira (12), em coletiva de imprensa na Defensoria Pública da União, no Rio de Janeiro.

Segundo os peritos brasileiros, Juliana morreu por hemorragia interna causada por múltiplos traumatismos, compatíveis com uma queda de grande altura. A avaliação é de que ela sobreviveu no máximo por 15 minutos após o segundo impacto.

A análise foi realizada por uma equipe do Instituto Médico-Legal (IML) do Rio, a pedido da família. Participaram da coletiva os legistas Reginaldo Franklin Pereira, da Polícia Civil do Rio, Nelson Massini, e a defensora pública federal Taísa Bittencourt Leal Queiroz.

Base técnica da estimativa
O laudo se baseou na presença de larvas no couro cabeludo e tórax da vítima. “Consultamos uma especialista em entomologia forense e, com base no tempo necessário para o desenvolvimento desses insetos, estimamos que Juliana morreu por volta da metade do dia 22 de junho (horário local)”, explicou o legista Reginaldo Franklin.

Primeira autópsia diverge em horário
A primeira autópsia, realizada na Indonésia, estimava a morte entre 1h15 do dia 23 e 1h15 do dia 24 de junho (horário local). O corpo foi encontrado no fim da tarde do dia 24, por voluntários que auxiliavam a agência de busca e resgate Basarnas. Juliana foi localizada cerca de 600 metros abaixo da trilha original.

Apesar das divergências nos horários, ambos os laudos apontam para morte causada por trauma múltiplo e descartam a possibilidade de sobrevivência prolongada após o impacto final.

Linha do tempo do caso Juliana Marins
20 de junho (sexta-feira)
• 19h (Brasília) / 6h do dia 21 (Indonésia) – Juliana sofre a primeira queda. Turistas filmam a jovem viva horas depois com um drone.
• 23h40 (Brasília) – A agência Basarnas é notificada do acidente.

21 de junho (sábado)
• 17h10 (Brasília) – Ela é avistada por equipes, mas o resgate não ocorre por conta do mau tempo. A família recebe informação errada de que ela teria recebido água e comida.

22 de junho (domingo)
• Buscas são oficialmente suspensas por condições climáticas adversas.

23 de junho (segunda-feira)
• 5h (Brasília) / 16h (Indonésia) – Drone térmico localiza Juliana deitada e imóvel, a 400-500 metros abaixo do ponto da primeira queda.

24 de junho (terça-feira)
• Parque de Rinjani fecha as trilhas para concentrar esforços de resgate.
• 19h (Indonésia) – Corpo de Juliana é localizado.
• 22h (Indonésia) – Família confirma a morte da publicitária.

25 de junho (quarta-feira)
• Equipes de resgate conseguem içar o corpo até um ponto de acesso e o levam ao hospital da Polícia.

26 de junho (quinta-feira)
• O corpo chega ao Hospital Bali Mandara, em Bali, para realização da primeira autópsia.

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