O PSOL protocolou nesta quinta-feira (10) uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a abertura de investigação criminal e a decretação da prisão preventiva do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Segundo o partido, há indícios de que o parlamentar teria atuado pessoalmente em articulações com políticos norte-americanos para estimular sanções contra autoridades brasileiras e influenciar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a impor tarifas sobre produtos brasileiros. Na quarta-feira (9), Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre todas as importações vindas do Brasil, medida que entra em vigor no dia 1º de agosto.
Na petição, o PSOL afirma que Eduardo violou a soberania nacional ao manter negociações com agentes estrangeiros para promover “atos hostis ao Brasil”. O documento cita possíveis crimes previstos na nova Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito, como atentado à soberania nacional, tentativa de abolição violenta do Estado de Direito e incitação a golpe de Estado.
A líder do PSOL na Câmara, deputada Talíria Petrone (RJ), defendeu também a abertura de processo de cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética da Casa.
“Não podemos deixar um deputado brasileiro conspirar contra o Brasil internacionalmente. Vamos batalhar pela cassação. A gravidade do que está em curso precisa sensibilizar o Congresso Nacional”, afirmou Talíria.