Horário de verão pode ser retomado no Brasil por conta de déficit na capacidade de energia, afirma ONS

Horário de verão pode ser retomado no Brasil por conta de déficit na capacidade de energia, afirma ONS

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Reprodução

Publicado em 08/07/2025 às 16:21 / Leia em 2 minutos

O risco de o sistema elétrico brasileiro não suportar os horários de maior consumo voltou a preocupar o Operador Nacional do Sistema Elétrico. Em seu novo Plano de Operação Energética  para o período de 2025 a 2029, o órgão estuda recomendar, ainda este ano, a volta do horário de verão como medida emergencial. A prática, que deixou de ser adotada no Brasil em 2019, consiste no adiantamento dos relógios em uma hora durante o período do verão, para aproveitar melhor a luz natural do sol e economizar energia. 

Segundo o diretor de Planejamento do ONS, Alexandre Zucarato, a decisão deve ser tomada até agosto. “O PEN olha se a quantidade de geração disponível, no sentido amplo, se os recursos que temos atendem o consumo do Brasil. O PEN 2025-2029 confirmou o diagnóstico do ano passado e mostrou agravamento do déficit de potência (…) Eventualmente, podemos recomendar horário de verão como imprescindível”, disse o gestor.

Segundo ele, como este ano não houve leilão, “apesar da recomendação feita desde 2021 para que fossem realizados leilões anuais”, além das medidas já tomadas – como a antecipação da entrada de projetos do Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) de 2021 e maior uso de térmicas -, o ONS poderá também importar 2,5 GW de energia de países vizinhos.

Zucarato destacou que a geração de energia cresceu no País, porém, puxada pela energia solar, que, naturalmente, não produz à noite e não garante potência. Com isso, caso as chuvas atrasem novamente este ano, os meses mais críticos serão outubro e novembro, e a solução será realizar o leilão de reserva de capacidade o mais breve possível em 2026. “O principal recado do PEN é, repetindo o que a gente viu no ano passado, a gente não está atendendo os critérios de potência e a situação se agravou pelo aumento da demanda prevista. Então isso significa que para 2025 já não tem mais o que fazer porque não dá mais tempo de se fazer nenhum leilão para contratar potência para 2025. A próxima janela de necessidade vista no escuro é o ano que vem”, explicou.

 

 

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