Você ainda começa seus e-mails com a clássica frase “espero que este e-mail te encontre bem”? Pois saiba que essa introdução — aparentemente cordial — pode estar mais atrapalhando do que ajudando. É o que defende Lorraine K. Lee, especialista em comunicação e autora do livro Unforgettable Presence: Get Seen, Gain Influence, and Catapult Your Career (ainda sem tradução oficial para o português).
Em artigo recente, a autora afirma que esse tipo de saudação é “simplesmente esquecível” — e representa uma oportunidade desperdiçada de causar uma boa primeira impressão. “Se a sua frase de abertura poderia ser copiada e colada em 100 outros e-mails sem alterar nada, provavelmente é genérica demais”, argumenta Lee.
O tema também foi explorado pela colunista de carreira Minda Zetlin, no site da revista Inc., que analisou o conteúdo de Lorraine sob uma perspectiva prática. Para as duas especialistas, há consenso: o início de uma mensagem deve ser pensado com mais atenção.
Como melhorar a introdução de um e-mail?
A dica de Lee é clara: personalize. Em vez de recorrer a frases automáticas, vale mencionar uma interação prévia, um comentário feito em reunião ou até mesmo uma publicação relevante compartilhada nas redes sociais do destinatário. Tudo isso contribui para demonstrar atenção, interesse e intenção genuína na comunicação.
Mas nem todos concordam com o toque mais pessoal. Zetlin, por exemplo, defende que ir direto ao ponto pode ser uma abordagem eficaz — especialmente no caso de mensagens enviadas a pessoas com as agendas lotadas. “Costumo receber propostas de venda e não me importo que as pessoas vão direto ao que querem”, afirma a jornalista.
Tempo é luxo
Zetlin cita o bilionário Mark Cuban como exemplo: o empresário dedica apenas dois segundos a cada e-mail que recebe — tempo suficiente para decidir se continua lendo ou se descarta a mensagem. Para esse perfil de leitor, menos pode ser mais.
A recomendação final? Esqueça frases genéricas que soam artificiais. Invista em mensagens com intenção clara, tom direto e, quando possível, um toque de personalização. Pode ser a diferença entre ser lido ou ignorado.