Seis anos após incêndio que destruiu grande parte de seu acervo, o Museu Nacional (MN) da UFRJ, no Rio de Janeiro, reabriu suas portas ao público nesta quarta-feira (2), com destaque para o meteorito Bendegó, encontrado na Bahia em 1784 e entre os itens que resistiram à tragédia. A peça, que tem grande valor histórico e simbólico, deve ganhar um salão próprio durante reconstrução do museu.
A reabertura marca uma fase temporária de visitação e faz parte da programação especial “Entre Gigantes – uma Experiência no Museu Nacional”, que convida o público a explorar três ambientes internos do Paço de São Cristóvão. Além do meteorito Bendegó, os visitantes poderão ver o esqueleto de uma baleia cachalote de 15,7 metros, exposto sob a claraboia, e obras do artista visual Gustavo Caboco.

Meteorito de Bendegó | Foto: MN
O acesso será gratuito e a exposição ficará aberta por dois meses. A iniciativa é resultado do projeto Museu Nacional Vive, uma cooperação entre a UFRJ, a Unesco e o Instituto Cultural Vale. Desde 2023, o Ministério da Educação já repassou R$ 50,6 milhões para a reconstrução do museu, que deverá ser concluída até 2026.
A intenção, segundo o ministro Camilo Santana, é mobilizar recursos públicos e privados para garantir a entrega desse importante patrimônio histórico e científico ao povo brasileiro. “Este é um espaço educacional e científico que vai gerar oportunidades para os brasileiros e para a população do Rio de Janeiro. Vamos entregar esse importante patrimônio ao povo brasileiro”, disse Santana.
Além das obras de restauração, novos sistemas de segurança estão sendo instalados para evitar acidentes como o de 2018. A vice-diretora do Museu Nacional, Andrea Costa, destacou o esforço coletivo para a retomada: “A comunidade do Museu trabalhou muito ao longo destes anos de reconstrução e tem resistido e se envolvido com a alma para a gente reabrir, para a gente continuar as nossas atividades”.