O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cancelou toda a agenda política prevista para o mês de julho após orientação médica. A decisão foi comunicada nesta terça-feira (2), pelas redes sociais, após o ex-mandatário relatar episódios recorrentes de soluços e vômitos, que o levaram a procurar atendimento emergencial.
“Crises de soluços e vômitos tornaram-se constantes, fato que me impede até de falar”, escreveu Bolsonaro em seu perfil. Ele também confirmou o cancelamento de viagens previstas para Santa Catarina e Rondônia.
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Segundo nota assinada pelos médicos Claudio Biroloni e Leandro Echenique, Bolsonaro deve permanecer em repouso domiciliar até o fim do mês para garantir a recuperação plena.
Os profissionais explicam que o quadro atual é resultado de complicações associadas a uma cirurgia intestinal realizada em abril, além de uma pneumonia diagnosticada recentemente.
Foto: Reprodução/Instagram
A operação de abril durou cerca de 12 horas e teve como finalidade corrigir problemas decorrentes das múltiplas intervenções às quais Bolsonaro foi submetido desde o atentado à faca durante a campanha de 2018.
Na ocasião, ele precisou tratar uma obstrução intestinal e reconstruir parte da parede abdominal. O ex-presidente ficou internado por duas semanas no Hospital DF Star, em Brasília.
No mês passado, Bolsonaro voltou a sentir-se mal durante eventos políticos em Goiás e passou por novos exames. Na sequência, foi diagnosticado com pneumonia. Apesar disso, participou de um ato público na Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (30), ao lado do pastor Silas Malafaia e apoiadores.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro comentou a situação afirmando que o marido precisa do tempo de recuperação e que tem fé em sua plena recuperação.
Com o afastamento, Bolsonaro também se desliga temporariamente de articulações partidárias, enquanto segue respondendo a um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, relacionado aos ataques de 8 de janeiro de 2023.
