O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, enviou nesta quarta-feira (25) uma representação ao órgão solicitando a apuração da contratação de dois assessores do gabinete da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) que, segundo denúncias, atuariam como maquiadores pessoais da parlamentar.
Na manifestação, Furtado afirma que os dois servidores foram nomeados como secretários parlamentares, mas exercem funções que estariam fora das atribuições do cargo. “No caso em análise, verifica-se que os assessores em questão, a despeito de alegações em sentido contrário, foram contratados em razão de sua qualificação como maquiadores e, de fato, exercem essa atividade em benefício direto da deputada Érica Hilton”, diz o subprocurador no documento.
A representação levanta suspeita de desvio de finalidade na contratação, o que pode configurar irregularidade no uso de recursos públicos. Furtado solicita ao TCU que, caso as suspeitas sejam confirmadas, adote as providências legais cabíveis, incluindo o ressarcimento aos cofres públicos.
A controvérsia teve início após a oposição apresentar denúncias ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, apontando que os assessores — Índy Montiel e Ronaldo Hass — prestariam, principalmente, serviços estéticos à parlamentar, como maquiagem para entrevistas, eventos políticos e ensaios fotográficos.
Nas redes sociais, Erika se manifestou e negou as acusações. Veja:
Não, meus amores, eu não contrato maquiador com verba de gabinete. Isso é simplesmente uma invenção.
O que eu tenho são dois secretários parlamentares que, todos os dias, estão comigo e me assessoram em comissões e audiências, ajudam a fazer relatórios, preparam meus briefings,…
— ERIKA HILTON (@ErikakHilton) June 24, 2025