Israel lançou nesta segunda-feira (23) uma ofensiva aérea de grande escala contra infraestruturas militares do Irã, incluindo alvos no centro de Teerã. A ação ocorre em meio à crescente escalada do conflito entre os dois países, que já envolve os Estados Unidos.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), os bombardeios atingiram instalações estratégicas do regime iraniano, como a prisão de Evin, o quartel de Tharallah, a sede da Basij e o complexo nuclear fortificado de Fordow, construído dentro de uma montanha na província de Qom.
De acordo com o ministro da Defesa, Israel Katz, os ataques ocorreram “com força sem precedentes” e miraram “instrumentos de opressão” do regime liderado pelo aiatolá Ali Khamenei. Também foi atingido o simbólico relógio “Destrua Israel”, na Praça da Palestina, em Teerã.
Além da capital, foram bombardeadas as cidades de Kermanshah, no oeste do país, e o complexo militar de Parchin, ao sudeste da capital. Testemunhas relataram explosões em bairros densamente povoados, como a Rua Jordan, no norte de Teerã.
O ataque à instalação de Fordow ocorre dois dias após os Estados Unidos lançarem 14 bombas antibunker GBU-57 sobre instalações nucleares iranianas em Isfahan, Natanz e Fordow. O presidente americano, Donald Trump, afirmou que as capacidades nucleares iranianas foram “completamente destruídas”, embora autoridades dos EUA e Israel afirmem que ainda é cedo para avaliar os danos reais.
Em retaliação, o Irã lançou mísseis e drones contra Israel, com ataques registrados de “norte a sul” do país, segundo a Guarda Revolucionária Iraniana. Até o momento, não há registro de vítimas ou danos graves em território israelense.
O governo iraniano prometeu novas represálias contra os EUA, mas nenhuma nova ação significativa foi registrada até a última atualização.