A Christie’s anunciou que vai manter as vendas da temporada, que representam quase metade da receita anual da casa de leilões, apesar da empresa ter perdido o controle de seu site oficial na quinta-feira (9), em um ataque hacker que testou a lealdade de seus clientes ultra-ricos. Guillaume Cerruti, CEO da Christie’s, deu sua primeira declaração sobre o caso na noite de domingo, confirmando oito leilões programados para esta semana.
“Estamos ansiosos para recebê-los em nossas exposições e inscrevê-los para participar desses leilões”, escreveu ele em um comunicado enviado por e-mail.
Na quinta-feira, o site da Christie’s ficou fora do ar, no que a empresa chamou de “problema de segurança tecnológica”. Na manhã desta segunda-feira (13) o site ainda traz a mensagem “Pedimos desculpas porque nosso site completo está fora do ar no momento. Estamos procurando resolver isso o mais rápido possível e lamentamos qualquer inconveniente.”
Foi a segunda vez em menos de um ano que a Christie’s sofreu um ataque. Em agosto, uma empresa alemã de cibersegurança revelou uma violação de dados na casa de leilões que revelou a localização de obras de arte detidas por alguns dos colecionadores mais ricos do mundo.
Catálogos físicos
Ao longo do fim de semana, dezenas de potenciais compradores se reuniram nas galerias da Christie’s no Rockefeller Center, em Manhattan, para avaliar as obras de arte e discutir lances. O valor total dos itens em leilão chega a US$ 840 milhões. Entre as obras apresentadas estava a pintura em serigrafia “Flores”, feita por Andy Warhol em 1964, com valor estimado de US$ 30 milhões.
Nas galerias, funcionários da Christie’s garantiam a alguns clientes que a correção do site era “iminente”. Já na tarde de sábado, no entanto, ele foi substituído por uma página estática com o aviso de que estava fora do ar. No site temporário é possível navegar em catálogos on-line de vendas futuras, mas o usuário não pode fazer lances ou registros on-line.