Influenciadora baiana que morreu por doença genética rara vira personagem da Turma da Mônica

Influenciadora baiana que morreu por doença genética rara vira personagem da Turma da Mônica

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Gabriel Moura, com informações de G1

Reprodução

Publicado em 04/06/2025 às 13:40 / Leia em 2 minutos

A influenciadora baiana Dai Cruz, que morreu em fevereiro de 2024 aos 31 anos, foi homenageada em uma edição especial da Turma da Mônica. A personagem inspirada em Dai aparece na revista em quadrinhos publicada com o apoio do Instituto Maurício de Sousa, retratando a realidade de quem vive com Epidermólise Bolhosa — condição genética rara que ela enfrentou ao longo da vida.

A iniciativa é resultado de uma parceria com a ONG Jardim das Borboletas, que oferece apoio a pacientes com a doença em diversas regiões do país. Natural de Jequié, no sudoeste da Bahia, Dai Cruz ficou conhecida por compartilhar nas redes sociais a rotina de cuidados com a pele. Ela somava mais de 2 milhões de seguidores e se tornou uma voz ativa sobre a convivência com a condição.

A Epidermólise Bolhosa é uma doença genética que torna a pele extremamente sensível, provocando bolhas e feridas com qualquer atrito. Não tem cura e não é contagiosa.

Na edição da revista, a personagem Dai se muda para o bairro do Limoeiro e logo conhece os protagonistas clássicos da série: Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão. Os curativos nos braços chamam a atenção dos novos colegas, que inicialmente pensam que ela se machucou. A situação abre espaço para que a personagem explique que tem Epidermólise Bolhosa, com o apoio dos pais, em um diálogo voltado à conscientização infantil.

“As pessoas com E.B são chamadas carinhosamente de borboletas, porque a pele é tão frágil quanto as asas de uma borboleta”, diz um dos trechos do quadrinho.

Quadrinho feito em parceria com a Turma da Mônica tem como objetivo desmistificar a doença — Foto: Ong Jardim das Borboletas

A presidente da ONG Jardim das Borboletas, Aline Teixeira, celebrou a homenagem e destacou o impacto da publicação na luta contra o preconceito.

“Temos certeza de que essa revista em quadrinhos vai contribuir para a promoção do respeito, da empatia e do combate ao preconceito, à discriminação e ao bullying com quem tem Epidermólise Bolhosa”, escreveu nas redes sociais.

A publicação também traz orientações voltadas ao convívio com crianças que têm a condição, como evitar abraços apertados, respeitar os limites físicos, seguir orientações alimentares específicas e, principalmente, desmistificar a ideia de que a doença é transmissível.

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