Em uma cerimônia especial, o Banco do Brasil e o Governo da Bahia assinaram, nesta sexta-feira (22), o protocolo de intenções para a criação do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Salvador. O novo CCBB Salvador-Bahia será o quinto aparelho cultural do BB, que possui outros centros no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte.
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O equipamento vai ocupar o Palácio da Aclamação, na Av. Sete de Setembro, onde aconteceu o evento de assinatura. O palácio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) desde 2010, e foi residência oficial de diversos governadores na história do estado.O projeto arquitetônico do Centro ainda está em fase de aprovação e, por isso, ainda não há uma data para o início das obras no espaço.
Ana Mametto cantou na abertura da cerimônia. Virgínia Rodrigues e Lazzo Matumbi entoaram os hinos da Bahia e do Brasil.
A ministra da Cultura comemorou a instalação do equipamento cultural na Bahia. “Quanto mais tivermos lugares para o acontecimento da arte e da cultura, quem ganha é o povo brasileiro. Mas especificamente da Bahia, a arte e cultura faz parte do DNA do nosso povo e ter uma casa como essa, eu fiquei muito emocionada com o que vai nascer aqui na nossa Bahia. Estou muito feliz. O Banco do Brasil começou na Bahia e nós merecíamos muito isso”, disse.
“A Bahia sempre precisará estar em nosso imaginário coletivo como brasileiros, para buscarmos ser um país mais inclusivo e plural. São essas razões que fizeram o Banco do Brasil estreitar ainda mais seus vínculos com esse Estado, com a assinatura de um acordo com o governo da Bahia para a criação do Centro Cultural Salvador-Bahia”, discursou a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.
A presidente contou que as tratativas para o acordo iniciaram no Carnaval do ano passado, a partir de conversas com o governador Jerônimo Rodrigues. “Ninguém fica imune à sedução da Bahia”, brincou.
Jerônimo Rodrigues falou sobre a escolha da Bahia para a instalação do CCBB. “Não nos sentíamos excluídos, presidente, por ainda não termos um Centro na Bahia. Mas havia uma dívida. Eu tenho dito que, ao longo da história do Brasil, nós tivemos governos marcadamente fiéis a um desenho da elite brasileira que deve muito, mas não é pouco, deve muito ao povo brasileiro. Uma elite que governou este país, os estados, os municípios e nos privou de um conjunto de direitos de educação, de saúde, de segurança pública, de cultura”, comentou.
Segundo Jerônimo, a Estação da Calçada e o Instituto do Cacau chegaram a ser pensados para sediar o CCBB.
O governador garantiu que, enquanto o CCBB não é inaugurado, atividades culturais já movimentarão o espaço. “Enquanto não inaugura, nós haveremos de fazer atitudes e atividades culturais aqui, o espaço não ficará parado. Para isso, terá todo o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, do Vila Velha, dos artistas locais, da Secretaria Estadual, do Ministério da Cultura, a nossa TVE, aqui representada pelo diretor-presidente Flávio Gonçalves. Já podemos pensar em liberar filmes históricos para serem apresentados aqui, vai ser muito bonito. Eu tenho certeza que cada um e cada uma que vier presenciar as cenas culturais aqui se sentirão como governadores e governadoras da cultura baiana”.
Exposição Irmãos
A cerimônia também deu abertura à exposição “Irmãos”, numa jornada visual pela histórias dos CCBBs, que já receberam mais de 100 milhões de visitantes. A exposição disponibilizou para os visitantes uma maquete com as futuras intervenções no Palácio da Aclamação, projeto assinado pelo arquiteto Ulisses Papa.
O projeto de intervenção arquitetônica inclui novos espaços, como áreas expositivas, auditório, cinema e café, “todos unidos por uma passarela que perpassa os prédios no seu nível mais alto, com um intermezzo ao modo rooftop, com vistas para o entorno e o mar”, descreve o arquiteto.
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