Descontos indevidos do INSS devem ser devolvidos até 31 de dezembro, afirma ministro

Descontos indevidos do INSS devem ser devolvidos até 31 de dezembro, afirma ministro

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Acervo/Agência Brasil

Publicado em 29/05/2025 às 14:55 / Leia em 2 minutos

O Governo Federal anunciou que pretende concluir até o dia 31 de dezembro de 2025 a devolução de valores descontados indevidamente de aposentados e pensionistas do INSS. A informação foi confirmada pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, transmitido nesta quinta-feira (29) pelo Canal Gov.

Segundo o ministro, a meta é garantir que nenhum beneficiário fique no prejuízo, atendendo a uma orientação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O presidente pediu rapidez, acolhimento e firmeza na responsabilização dos culpados. Ele sabe o quanto esse dinheiro faz falta para quem teve o benefício descontado de forma irregular”, afirmou.

A devolução já começou. Desde segunda-feira (27), aposentados que tiveram descontos referentes ao mês de abril começaram a receber os valores junto com o pagamento regular dos benefícios. Ao todo, R$ 292 milhões estão sendo devolvidos entre os dias 27 de maio e 6 de junho.

A estimativa do governo é que um esquema de fraudes envolvendo descontos não autorizados para associações tenha desviado cerca de R$ 2,56 bilhões entre 2019 e 2022. Desde que a Operação Sem Desconto foi deflagrada, em abril, R$ 1 bilhão em bens de entidades e dirigentes já foram bloqueados pela Justiça.

Mais de 9 milhões de beneficiários foram notificados, e pelo menos 2,3 milhões já contestaram os descontos e solicitaram ressarcimento.

Wolney Queiroz também ressaltou que o governo quer evitar o uso de recursos públicos para cobrir o rombo deixado pelas fraudes. “Quem tem que pagar essa conta são os fraudadores. O governo não vai usar dinheiro do Tesouro se puder evitar. Vamos até as últimas consequências para recuperar o dinheiro desviado”, disse.

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação judicial para bloquear os bens dos responsáveis e garantir a devolução dos valores. Entre os alvos estão 12 entidades associativas, 14 empresas e seus dirigentes, acusados de aplicar os descontos de forma ilegal. A Justiça também foi acionada para confiscar passaportes e quebrar os sigilos bancário e fiscal dos investigados.

Compartilhe

Alô Alô Bahia Newsletter

Inscreva-se grátis para receber as novidades e informações do Alô Alô Bahia