Santa Casa da Bahia integra rede nacional de hospitais que une forças por eficiência e qualidade

Santa Casa da Bahia integra rede nacional de hospitais que une forças por eficiência e qualidade

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

José Mion/Alô Alô Bahia com informações do Valor Econômico

Divulgação

Publicado em 28/05/2025 às 09:35 / Leia em 3 minutos

A Santa Casa da Bahia, a mais antiga instituição filantrópica do Brasil, se une aos principais hospitais filantrópicos privados do país em um projeto inédito de compra conjunta de materiais, medicamentos e serviços gerais. Participam da iniciativa os hospitais Sírio-Libanês, BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hcor, Hospital Infantil Sabará, Hospital São Camilo, AC Camargo (todos de São Paulo) e o Hospital Moinhos de Vento (do Rio Grande do Sul).

Juntas, essas instituições somam uma receita da ordem de R$ 16 bilhões e realizam quase 1 milhão de atendimentos médicos por ano. A união ocorre em um contexto de crescente concorrência com grupos hospitalares de capital aberto e instituições ligadas a operadoras de planos de saúde.

A ação é uma das primeiras da recém-criada Associação de Hospitais Filantrópicos Privados (Ahfip). “Nos juntamos numa entidade específica porque nossos hospitais têm propósitos parecidos. São sem fins lucrativos, destinam o lucro para a própria operação e pesquisa e não para acionistas”, afirma José Marcelo de Oliveira, presidente do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e do conselho da Ahfip, em entrevista ao Valor Econômico.

A proposta da compra conjunta visa não apenas à economia de escala, mas ao compartilhamento de experiências entre as instituições, não sendo vista pelos integrantes como conflitante por expor dados comerciais entre concorrentes. “Ao contrário, as equipes vão aprendendo entre elas. E, apesar de terem perfil semelhante, cada hospital atua num determinado público”, avalia Oliveira. A entidade ainda está estimando os valores que poderão ser economizados.

Além da centralização de compras, a associação também pretende consolidar e divulgar indicadores médicos como taxas de infecção, queda e reinternação. A transparência nesses dados, comum em países como os Estados Unidos, pode fortalecer a negociação com operadoras e auxiliar o paciente na escolha baseada na qualidade do atendimento.

Os hospitais filantrópicos privados têm atuação expressiva também na rede pública. Só no estado de São Paulo, cerca de 60% dos atendimentos do SUS são feitos por essas instituições. Muitos deles, como o Sírio-Libanês, o Einstein, o Hcor e o Moinhos de Vento, participam de programas do Ministério da Saúde por meio da renúncia fiscal, revertendo impostos em projetos para o SUS. De 2024 a 2026, a estimativa de renúncia fiscal desse grupo chega a R$ 3 bilhões.

Sobre a Santa Casa da Bahia

Fundada há quase cinco séculos, a Santa Casa da Bahia tem uma atuação marcada pelo compromisso com a saúde pública e a assistência social, mantendo hospitais, unidades de ensino e projetos sociais que impactam milhares de pessoas todos os anos na Bahia. Sua participação nesse esforço coletivo nacional reafirma sua missão histórica de promover saúde com qualidade, solidariedade e responsabilidade social.

A Santa Casa da Bahia é liderada por um Provedor, cargo, voluntário e sem remuneração, ocupado por um Irmão através de votação direta em Assembléia Geral, tendo os outros irmãos como eleitores. Ocuparam o cargo recentemente Lise Weckerle (2013); Roberto Sá Menezes (2014 – 2016 / 2017 – 2019); e José Antônio Rodrigues Alves, atual provedor, desde 2020.

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