O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, entrou em uma nova fase de expansão. Com um investimento de mais de R$ 2 bilhões, as obras começaram no fim de abril e vão resultar na construção de um novo terminal de embarque, além de melhorias estruturais que prometem ampliar a capacidade operacional do segundo aeroporto mais movimentado do país.
A previsão de conclusão é até junho de 2028, mas a concessionária Aena Brasil, responsável pela gestão do aeroporto, não descarta entregar a obra antes do prazo. As operações atuais seguem normalmente durante a execução dos trabalhos.

Foto: Aena/Divulgação
Com essa reforma, a expectativa é que a capacidade anual de passageiros salte de 22 para 29,5 milhões, um aumento de 34%. E isso sem alterar, por enquanto, o limite de pousos e decolagens.
O foco da ampliação é receber aeronaves maiores e oferecer mais conforto aos passageiros.

Foto: Aena/Divulgação
O novo terminal, com 105 mil metros quadrados, será dedicado exclusivamente aos embarques, enquanto o prédio atual ficará destinado aos desembarques. A obra também inclui:
-
Novo salão de check-in
-
Novo pátio de 215 mil metros quadrados para aviões comerciais
-
Expansão das pontes de embarque, que passam de 12 para 19
-
Mais esteiras de bagagem e carrosséis de restituição
-
Modernização geral das áreas de circulação
Para viabilizar o projeto, mais de 50 mil metros quadrados estão sendo liberados, o que inclui a demolição de hangares, prédios administrativos e áreas usadas por empresas aéreas e distribuidoras de combustível.
Veja o que já foi demolido:
-
Hangar da Helisul Aviação
-
Hangar da Avianca Cargo
-
Prédios da antiga Vasp
-
Prédios administrativos da Gol
-
Hangares da TAM Aviação Executiva
Ao Alô Alô Bahia, a Líder Aviação explicou que a base (hangares + prédio) que a Líder ocupava foi demolida, mas a empresa não saiu de Congonhas, passando a ocupar outra base do outro lado da pista.
“Isso faz parte de um projeto de expansão da Líder em SP que inclui esta nova base em Congonhas, uma nova base em Campo de Marte e a ampliação da base no Aeroporto de Sorocaba (além das bases em Viracopos e Guarulhos, que seguem normalmente)”, diz a nota.
Ainda serão demolidos:
-
Hangar e prédios administrativos da Gol
-
Hangar de manutenção da Latam
-
Hangar da Latam Cargo
-
Hangar da antiga Avianca
-
Prédio da Azul Cargo Express
-
Estacionamento de caminhões de combustível
A única estrutura que permanecerá intacta, mesmo estando na área de intervenção, é a torre de controle do aeroporto, inaugurada em 2011, que permanecerá no mesmo local.
As companhias já estão transferindo as estruturas de operação, e outras ainda se preparam para a mudança. A Gol, por exemplo, transferiu parte de suas atividades administrativas para fora do aeroporto e redistribuiu manutenção para bases como Confins (MG). A Latam também se prepara para transferir operações para Guarulhos e São Carlos, enquanto empresas de táxi aéreo, como a Helisul, migraram para o Campo de Marte.
Expansões
A reforma de Congonhas faz parte do pacote de investimentos da Aena, que assumiu, no fim de 2023, a operação de 11 aeroportos no Brasil, incluindo terminais no Pará, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Além de São Paulo, a empresa também gere os aeroportos de Altamira, Carajás, Marabá e Santarém (PA); Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã (MS); Montes Claros, Uberaba e Uberlândia (MG). Todos os terminais passarão por obras de modernização e ampliação.