Maestro João Carlos Martins desabafa sobre câncer e despedida dos palcos: “A arte sempre me sustentou”

Maestro João Carlos Martins desabafa sobre câncer e despedida dos palcos: “A arte sempre me sustentou”

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Rodolfo Sanches e Chris Lee

Publicado em 22/05/2025 às 15:59 / Leia em 2 minutos

O renomado maestro e pianista João Carlos Martins, um dos principais ícones da história da música clássica, se despediu dos palcos em grande estilo, com show memorável e emocionante no Carniege Hall, em Nova York. Em entrevista à revista Caras, o artista relembrou o momento histórico  e falou sobre o seu sentimento ao encerrar um capítulo importante da sua carreira.

“Encerrar esse ciclo foi como reviver páginas marcantes da minha história. Já estive naquele palco em tantas fases da vida… como jovem pianista, como maestro… Estar ali, agora, foi como fechar um livro com a certeza de que todas as páginas foram vividas intensamente (…) Quando o concerto acabou e vi o público de pé, senti que a minha missão estava cumprida. Costumo dizer que meu objetivo é deixar o público com uma lágrima nos olhos e um sorriso no rosto. Acho que o que aconteceu ali foi muito mais forte que isso (…) Mais do que um concerto, foi outro grande momento marcante da minha trajetória” , declarou ele, emocionado.

Diagnosticado com um câncer de próstata em março deste ano, João Carlos foi submetido a uma delicada cirurgia. Segundo ele, a doença está sob controle. “Depois de ter realizado mais de 30 cirurgias, principalmente nas mãos, a última coisa que eu esperava era ser diagnosticado com câncer na próstata. E isso aconteceu (…) Seguirei fazendo exames. Apesar da cirurgia ter sido bem-sucedida, sempre pode haver uma reincidência. Mas não vai ser o meu caso“, disse o músico, em tom otimista.

Em meio a tantos desafios, Martins fez também questão de ressaltar o papel fundamental que a arte exerce em sua vida. “A música me ensina todo dia que o ser humano tem capacidade de adaptação e superação. A arte sempre me sustentou, mesmo quando a medicina dizia que não era possível. A fé e a paixão pelo que eu faço não me deixaram desistir“, pontuou.

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