O transporte aéreo no Brasil caminha para atingir o melhor desempenho da história. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) indicam que, até dezembro de 2025, o país deve ultrapassar a marca de 123 milhões de passageiros, superando todos os recordes anteriores.
O relatório de Demanda e Oferta da Anac mostra que, nos quatro primeiros meses deste ano, o número de passageiros já é 4% superior ao registrado no mesmo período de 2019, antes da pandemia.
A tendência, segundo análise do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), é de crescimento acelerado, tanto em voos domésticos quanto internacionais.
“A movimentação recorde nos aeroportos é um termômetro da economia”, avalia o ministro Sílvio Costa Filho, do MPor. “Estamos com o menor índice de desemprego da história e teremos novamente um PIB crescendo acima de 2%. Estamos modernizando nossos aeroportos, ampliando o bem-estar dos passageiros e preparando as cidades para o desenvolvimento econômico dos próximos anos”, completou.
Somente em abril, a movimentação nos aeroportos brasileiros bateu recorde para o mês, somando 10 milhões de passageiros, sendo 7,9 milhões em voos domésticos e 2,1 milhões em voos internacionais — a primeira vez na série histórica, iniciada em 2000, que o fluxo internacional ultrapassa 2 milhões no mês de abril.
Nos voos internacionais, o crescimento foi expressivo: 15% acima de 2019, somando 9,5 milhões de passageiros até abril. No mercado doméstico, foram 31,6 milhões de passageiros em quatro meses, 0,7% a mais que no mesmo período pré-pandemia.
“É incontestável que a aviação civil brasileira segue em expansão dentro e fora do país. Abril marcou um crescimento histórico no fluxo internacional, e isso nos anima a seguir trabalhando por mais infraestrutura e desenvolvimento do setor”, afirma o secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Franca.
Carga aérea
O setor de cargas acompanha esse ritmo. Nos primeiros quatro meses do ano, foram movimentadas 437 mil toneladas, acima do volume pré-pandemia, que era de 386 mil toneladas.
No segmento internacional, abril registrou crescimento de 4,4%, com 74,8 mil toneladas transportadas.
Apesar disso, a movimentação de carga doméstica teve leve recuo, ficando 12,5% abaixo de abril do ano passado, totalizando 35,9 mil toneladas.
