A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou, na manhã desta quarta-feira (8) para 100 o número de mortos em razão dos temporais que atingem o estado.
O boletim indica que há outros 4 óbitos sendo investigados. O estado contabiliza 128 desaparecidos e 372 feridos.
Há 230,4 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 66,7 mil em abrigos e 163,7 mil desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos).
Ao todo, mais de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas pelos temporais. O RS tem 417 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado aos temporais.
Previsão de mais chuva
A previsão de chuva para a partir desta quarta-feira em áreas já castigadas por temporais no Rio Grande do Sul deixa o estado novamente em alerta. De acordo com o Climatempo, o avanço de nova frente fria volta a provocar aumento nas condições de pancadas fortes de chuva. A possibilidade de aumento do frio pode dificultar os resgates.
Hoje, uma segunda frente fria se forma na Argentina e se desloca para alto mar, influenciando o aumento da chuva em todo o território do Rio Grande do Sul.
A situação pode melhorar em parte do estado a partir de quinta-feira (9), quando uma área de alta pressão deve inibir a formação de nuvens carregadas sobre as regiões Sul, Central e Fronteira Oeste. As temperaturas também devem cair, e fazer frio nas áreas que fazem divisa com Argentina e Uruguai.
Prejuízos
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), recomendou que moradores dos bairros Cidade Baixa e Menino Deus deixem a região. O aviso foi feito na tarde de segunda-feira (6), após a água começar a subir no local.
A Arena do Grêmio, em Porto Alegre, afirmou que não tem mais estrutura para acolher desabrigados. Além do gramado alagado, a administração afirma que está sem água e luz e, por isso, faz o translado de mais de 300 pessoas a abrigos municipais.
O governo decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
A Defesa Civil colocou a maior parte das bacias hidrográficas do estado com risco de elevação das águas acima da cota de inundação.
Como ajudar
Algumas organizações estão se mobilizando para receber doações e colaborar no socorro às vítimas. Neste link, é possível encontrar algumas delas e escolher como fazer a doação.
O governo do Rio Grande do Sul disponibilizou a conta SOS Rio Grande do Sul para doações às vítimas das chuvas. Transferências podem ser feitas para a chave PIX (CNPJ: 92.958.800/0001-38), vinculada à conta bancária criada pelo Banrisul.
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“Os recursos serão integralmente revertidos para o apoio humanitário às vítimas das enchentes e para a reconstrução da infraestrutura das cidades. Com o canal oficial de doações, o governo centraliza a ajuda financeira, fornece segurança ao doador e amplia a transparência da alocação do dinheiro, uma vez que a movimentação dos recursos passará por auditoria e fiscalização do poder público”, afirma o governo estadual.