O Ministério Público de Barcelona apresentou, nesta quarta-feira (7), um recurso contra a anulação da sentença que condenou o ex-jogador brasileiro Daniel Alves por estupro. A decisão judicial que reabriu o caso havia sido tomada em abril, após a defesa da suposta vítima também recorrer.
Na apelação, a promotoria catalã criticou a anulação, classificando-a como uma “condenação moral” à mulher que acusa Alves do crime.
A condenação foi anulada por unanimidade em 28 de março de 2025 pelo Tribunal Superior de Justiça da Catalunha. Daniel Alves havia sido sentenciado a 4 anos e 6 meses de prisão pelo estupro de uma jovem em uma boate de Barcelona, crime que ele nega ter cometido.
Segundo os juízes, a decisão de anular a sentença baseou-se em divergências nos depoimentos da vítima, apontando “lacunas, imprecisões, inconsistências e contradições sobre os fatos, a avaliação jurídica e suas consequências”.
Preso em janeiro de 2023, Daniel Alves foi acusado de estuprar a jovem na noite de Réveillon, em 31 de dezembro de 2022. Após a condenação, ele foi libertado sob fiança de 1 milhão de euros no fim de março de 2024, com a obrigação de cumprir medidas cautelares, como manter distância mínima de mil metros da vítima e não tentar qualquer contato com ela.