Ventura Profana: conheça a artista e pastora travesti que lança novo álbum em Salvador neste final de semana

Ventura Profana: conheça a artista e pastora travesti que lança novo álbum em Salvador neste final de semana

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Kirk Moreno para o Alô Alô Bahia

Fê Ávila @feavilaaa

Publicado em 24/04/2025 às 17:41 / Leia em 3 minutos

Artista em ascensão no cenário LGBTQIA+ brasileiro, a pastora travesti Ventura Profana está com novo trabalho: o álbum “Todo Cuidado É Pouco”, que chega nesta sexta-feira (25) em todas as plataformas digitais, com show de lançamento no sábado (26), no Espaço Cultural da Barroquinha, no Centro Histórico de Salvador. No projeto, a baiana mistura elementos de reggae, jazz, R&B, pagodão, afrobeat e rock.

Ventura Fortuna lança novo álbum em Salvador.

Todos os instrumentistas que gravaram o álbum são de Salvador. Acho que isso é uma marca importante deste projeto, que carrega a excelência da produção musical e instrumental da Bahia. Talvez por isso, iniciar a nova turnê por aqui foi uma escolha natural”, afirmou a artista em entrevista ao portal Alô Alô Bahia.

Ventura tem em currículo exposição de vídeos no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e apresentação de uma performance na Bienal de São Paulo. Ela é cantora evangelista, escritora, compositora e artista visual. Sua trajetória é marcada pela reinterpretação crítica da fé.

Desde que se assumiu travesti, Ventura reivindicou os títulos de pastora e missionária.

Doutrinada em igrejas batistas, ela reivindica os títulos de pastora e missionária desde que se assumiu travesti. Suas obras investigam as implicações e estratégias de expansão do evangelicalismo (movimento religioso dentro do cristianismo protestante que enfatiza a vivência pessoal da fé, a leitura da Bíblia e a transformação da vida por meio de Jesus Cristo) no Brasil e no exterior, através da difusão das igrejas neopentecostais.

Por meio de músicas, colagens, videoclipes, fotografias e instalações, Ventura constrói novas narrativas sobre espiritualidade e acolhimento, especialmente voltadas para a comunidade LGBTQIA+. Sua missão, afirma, é transformar a culpa em libertação.

Muitas pessoas da comunidade LGBTQIA+ vêm de lares evangélicos e uma culpa cristã absurda pesa na nossa vida emocional e espiritual. Precisamos transformar o jugo em júbilo. Tento transformar a dinâmica de condenação em instrumento de libertação. Tal qual João Batista [personagem do Novo Testamento que batizou Jesus], sou uma voz que clama no deserto. Meu desejo é reavivar, no maior número de pessoas, a crença na liberdade“, declarou em entrevista ao portal O Globo.

Compartilhe

Alô Alô Bahia Newsletter

Inscreva-se grátis para receber as novidades e informações do Alô Alô Bahia