‘Conclave’: o que é fato e o que é ficção no filme vencedor do Oscar

‘Conclave’: o que é fato e o que é ficção no filme vencedor do Oscar

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

José Mion/Alô Alô Bahia

Divulgação/Prime Video

Publicado em 22/04/2025 às 10:39 / Leia em 2 minutos

O filme “Conclave” despertou a curiosidade de espectadores ao redor do mundo ao retratar o misterioso processo de escolha de um novo pontífice. Após a morte do Papa Francisco, nesta segunda-feira (21), a obra, vencedora do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, voltou a atrair atenção nas redes.

Disponível no Prime Video, a produção é baseada no romance homônimo de Robert Harris e mistura elementos reais e toques de ficção sobre o processo do conclave, ritual secreto da Igreja Católica que define o novo líder do Vaticano.

O que é real e ficção

Assim como retratado na trama, os cardeais realmente se reúnem na Capela Sistina, entregam seus votos em cédulas e aguardam o anúncio do resultado através da fumaça. Se ela for preta, significa que não há um eleito ainda. A branca sinaliza a escolha de um novo papa.

O isolamento dos cardeais também é verdadeiro. Segundo o professor Piotr H. Kosicki, da Universidade de Maryland, ao “New York Times”, todos os rituais são conduzidos “em italiano ou latim”. O clima de segredo e introspecção também é considerado fiel à realidade. A atmosfera solene, silenciosa e ritualística do conclave é retratada com precisão e corresponde ao ambiente do processo centenário.

Apesar das tensões internas na Igreja, com embates ideológicos entre cardeais, refletindo disputas humanas entre alas conservadoras e progressistas dentro do Vaticano, algumas reviravoltas dramáticas e revelações pessoais no filme não são vistos como reais. Elementos como segredos explosivos e até ameaças físicas são liberdades criativas adicionadas para aumentar o suspense e prender o público.

Outra invenção é a presença de um cardeal “in pectore”, termo usado na Igreja Católica para uma ação, decisão ou documento que deve ser mantido em segredo. No longa premiado, um cardeal secreto aparece no conclave, o que, na prática, só seria possível se o papa tivesse revelado sua identidade antes de morrer, o que não acontece.

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