O Vaticano informou nesta segunda-feira (21) que o papa Francisco faleceu em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) seguido de um colapso cardiocirculatório irreversível. O pontífice, de 88 anos, morreu às 7h35, no horário de Roma (2h35 em Brasília), em seu apartamento na residência de Santa Marta, onde vivia desde o início de seu pontificado, em 2013.
De acordo com a certidão médica, o papa sofreu um AVC cerebral, entrou em coma e, posteriormente, apresentou insuficiência cardíaca grave, que o levou à morte. O falecimento foi confirmado por meio de um exame de eletrocardiograma.
O quadro clínico foi agravado por condições pré-existentes, incluindo pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão arterial e diabetes tipo 2. O boletim foi assinado por Andrea Arcangeli, diretor do Departamento de Saúde e Higiene da Cidade do Vaticano.
Francisco havia passado mais de um mês internado entre fevereiro e março deste ano, tratando uma infecção pulmonar. Após 38 dias de hospitalização, retornou ao Vaticano, onde continuava em recuperação da pneumonia nos dois pulmões. Apesar da melhora inicial, o papa apresentou piora repentina no fim de semana, culminando na sequência de eventos que levou à sua morte.
As cerimônias fúnebres já têm início nesta segunda-feira. Às 14h (horário de Brasília), foi celebrada uma missa de sufrágio na Basílica de São João de Latrão, conduzida pelo cardeal Baldo Reina. Em seguida, às 15h, ocorreu o rito de constatação da morte e a deposição do corpo no caixão, na capela privada do papa, sob a presidência do camerlengo Farrell.
Na quarta-feira (23), o corpo de Francisco será levado à Basílica de São Pedro, onde os fiéis poderão prestar suas homenagens. O enterro ocorrerá na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma — uma escolha incomum, repetida pela última vez em 1903, no sepultamento do papa Leão XIII.