O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, concluiu nesta quarta-feira (16) seu terceiro dia de depoimento no julgamento antitruste que pode obrigar a empresa a se desfazer do Instagram e do WhatsApp. A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) acusa a Meta de ter adquirido essas plataformas para eliminar concorrentes e consolidar um monopólio no mercado de redes sociais.
Durante o testemunho, Zuckerberg afirmou que o Instagram teria enfrentado “muitas dificuldades” para crescer sem o apoio do Facebook, e que o WhatsApp, embora tecnicamente avançado, “carecia de ambição suficiente” antes da aquisição. Ele defendeu que os investimentos da Meta foram cruciais para o sucesso atual dessas plataformas, que hoje somam bilhões de usuários em todo o mundo.
O executivo também reconheceu que, em 2018, considerou a possibilidade de desmembrar o Instagram da Meta devido a preocupações com investigações antitruste. Em um e-mail interno apresentado no tribunal, Zuckerberg escreveu que havia uma “chance não trivial” de que a empresa fosse obrigada a separar o Instagram e o WhatsApp nos anos seguintes.
A FTC argumenta que a Meta adotou uma estratégia de “comprar ou enterrar” para neutralizar ameaças emergentes, citando comunicações internas que indicam a intenção de eliminar concorrentes. Zuckerberg, por sua vez, afirmou que a aquisição do Instagram se deu porque o aplicativo oferecia uma experiência superior à que o Facebook estava desenvolvendo na época, justificando a decisão de compra em vez de competir diretamente.