Erika Hilton denuncia governo Trump após ser identificada com gênero masculino em visto dos EUA

Erika Hilton denuncia governo Trump após ser identificada com gênero masculino em visto dos EUA

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Surenã Dias

Reprodução / Instagram

Publicado em 16/04/2025 às 10:55 / Leia em 2 minutos

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) denunciou, nesta quarta-feira (16), que teve sua identidade de gênero desrespeitada ao receber um novo visto dos Estados Unidos com a identificação masculina. A situação ocorreu após a revogação de direitos de pessoas transexuais por meio de um decreto assinado recentemente pelo presidente americano Donald Trump.

O constrangimento diplomático aconteceu na última semana, quando Erika se preparava para viajar aos Estados Unidos a convite da Brazil Conference, evento realizado pela Universidade de Harvard e pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). O encontro reuniu personalidades brasileiras como Carlinhos Brown, Ana Maria Braga e Sabrina Sato.

Diante da violação de sua identidade, a parlamentar optou por cancelar a participação no evento e anunciou que acionará as Nações Unidas e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos contra as políticas do governo Trump.

Erika já possuía um visto anterior, expedido em 2023, durante a gestão do presidente democrata Joe Biden, no qual constava sua identificação de gênero correta, de acordo com sua documentação oficial brasileira.

Pelas redes sociais, Erika criticou a postura da embaixada dos Estados Unidos e classificou o episódio como um reflexo das políticas excludentes promovidas pelo atual governo norte-americano. “Não me surpreende. Isso já está acontecendo nos documentos de pessoas trans dos EUA faz algumas semanas”, iniciou.

“Não me surpreende também o nível do ódio e a fixação dessa gente com pessoas trans. Afinal, os documentos que apresentei são retificados, e sou registrada como mulher inclusive na certidão de nascimento. Ou seja, estão ignorando documentos oficiais de outras nações soberanas, até mesmo de uma representante diplomática, para ir atrás de descobrir se a pessoa, em algum momento, teve um registro diferente”, disse ela, que completou: “Mas, no fim do dia, sou uma cidadã brasileira, e tenho meus direitos garantidos e minha existência respeitada pela nossa própria constituição, legislação e jurisprudência”.

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