A Casa Branca anunciou, nesta terça-feira (15), que produtos chineses estão agora sujeitos a tarifas que podem chegar a impressionantes 245%, como resultado de medidas consideradas “retaliações econômicas” da China. A informação foi publicada no site oficial do governo dos Estados Unidos, mas o cálculo exato dessas tarifas não foi detalhado.
A escalada tarifária faz parte de um novo capítulo da guerra comercial entre Washington e Pequim. O Ministério das Relações Exteriores da China reagiu por meio de seu porta-voz, Lin Jian, que, ao ser questionado sobre o percentual aplicado, afirmou que os detalhes deveriam ser esclarecidos pelo lado americano. A declaração foi repercutida pelo jornal estatal Global Times, sinalizando que o governo chinês deve manter sua postura firme diante das medidas.
O documento divulgado pela Casa Branca reúne as principais diretrizes de política econômica e comercial do ex-presidente Donald Trump, que busca novo mandato nas eleições de 2024. Segundo o governo, as tarifas visam “nivelar o campo de atuação global e proteger a segurança nacional dos Estados Unidos”.
No último dia 2 de abril, Trump instituiu uma tarifa geral de 10% sobre mais de 180 países, batizando a data de “Liberation Day” (Dia da Libertação). Além disso, foram aplicadas taxas personalizadas de até 50% para nações com as quais os EUA acumulam maiores déficits comerciais.
A medida gerou reações imediatas: de acordo com a Casa Branca, mais de 75 países procuraram os EUA para renegociar acordos e tentar reduzir os encargos. Em resposta, Trump decretou uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas individualizadas, mantendo apenas a tarifa geral de 10% durante o período.
A China, no entanto, não participou das conversas.