O escritor George R. R. Martin, criador da saga Game of Thrones, surpreendeu os fãs ao publicar uma imagem ao lado de um suposto lobo-terrível recriado em laboratório, espécie extinta há mais de 12 mil anos. A cena foi compartilhada no blog pessoal do autor, que é um dos investidores da Colossal Biosciences, empresa norte-americana que anunciou a “desextinção” do animal.
“Conheci todos eles em fevereiro. E conheci Rômulo e Remo também”, escreveu o autor. O terceiro lobo recebeu o nome de Khaleesi, em referência à personagem de sua obra.
A Colossal afirma ter recriado três espécimes com base em engenharia genética, utilizando traços do lobo-terrível (Canis dirus), um predador da Era do Gelo que inspirou elementos da cultura pop — incluindo a icônica representação na série Game of Thrones, onde os filhotes da espécie são encontrados e criados pelos membros da Casa Stark.
De Westeros para o laboratório
No universo de Game of Thrones, o lobo-terrível é símbolo do Norte e protetor dos Stark, aparecendo como criatura rara e poderosa. Agora, fora da ficção, a proposta da Colossal é usar biotecnologia avançada para trazer de volta espécies extintas — o que tem gerado entusiasmo e controvérsia.
Apesar do apelo midiático, cientistas contestam a ideia de que os animais recriados sejam, de fato, lobos-terríveis. Para especialistas, trata-se de um lobo-cinzento geneticamente modificado com traços semelhantes ao ancestral extinto.
O paleoecologista Nic Rawlence, da Universidade de Otago, criticou o anúncio nas redes sociais: “Este não é um lobo-terrível. É um lobo-cinzento com características de lobo-terrível, um híbrido.”
Lobo-terrível na cultura pop
Além de Game of Thrones, o lobo-terrível já apareceu em diversas obras da cultura pop, como na música “Dire Wolf”, da banda Grateful Dead, no RPG Dungeons & Dragons e no game ARK: Survival Evolved.
A iniciativa da Colossal também reacende o debate sobre os limites éticos e científicos da biotecnologia, especialmente quando envolve o retorno de espécies extintas.