A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) viveu um momento histórico nesta terça-feira (25), com a condução da sessão ordinária exclusivamente pelas nove deputadas da Casa e a aprovação de seis projetos de lei de autoria feminina.
A iniciativa marca o encerramento do Março Mulher na Assembleia.
“Esse é um momento histórico. Estamos chegando ao fim do Março Mulher, dedicado à nossa luta por igualdade, e nada melhor do que encerrar demonstrando a nossa força no Parlamento”, destacou Ivana Bastos, presidente da Alba, ressaltando que é a primeira vez que a ALBA vota exclusivamente projetos de deputadas durante o mês de março.
Políticas para mulheres
A sessão também foi marcada pela votação de pautas voltadas ao bem-estar e direitos das mulheres na Bahia. Entre os projetos aprovados estão:
- Mês Maio Furta-Cor – Incluído no calendário oficial do Estado para incentivar a conscientização sobre saúde mental materna. Autoria de Neusa Cadore, com relatoria de Ludmila Fiscina (PV).
- Programa de Prevenção e Combate ao Assédio Sexual e Importunação Sexual – Voltado ao ambiente da Assembleia Legislativa da Bahia. Proposto por Olívia Santana (PCdoB), com relatoria de Kátia Oliveira (União).
- Política Estadual de Assistência aos Filhos e Filhas de Mulheres Apenadas – Projeto da presidente da ALBA, Ivana Bastos, relatado por Soane Galvão (PSB).
- Programa Estadual de Cuidados para Pessoas com Fibromialgia – Proposta de Maria Del Carmen (PT), relatada por Fabíola Mansur (PSB).
- Mês Oficial de Combate à Endometriose – Institui maio como período de conscientização sobre a doença. Autoria de Claudia Oliveira (PSD), também relatado por Fabíola Mansur.
- Dia Estadual das Mulheres e Meninas na Ciência – Será celebrado em 11 de fevereiro, conforme projeto de Fabíola Mansur, relatado por Claudia Oliveira.
Eleição
Durante a sessão, Ivana Bastos convocou a eleição para a primeira vice-presidência da ALBA, cargo que ficou vago com sua posse na presidência. A votação ocorrerá nesta quarta-feira (26), 30 minutos após o encerramento da sessão ordinária, e tem como candidata declarada a deputada Fátima Nunes (PT).
Enquanto as deputadas conduziam os trabalhos na Mesa Diretora, o plenário era composto apenas por deputados, um detalhe que simbolizou a inversão dos papéis tradicionalmente ocupados pelos parlamentares na Casa.

Foto: Sandra Travassos/ALBA