Após brilhar com uma apresentação histórica no palco principal do Coachella, a cantora Ludmilla é destaque no jornal The Guardian, um dos mais renomados do mundo, em que contou detalhes da sua performance e refletiu sobre os principais momentos de sua trajetória. Segundo o jornal, a artista brasileira “está seguindo o guia para o estrelato pop, com o objetivo de uma carreira internacional.”
Ainda na introdução, Ludmilla é apresentada como a artista negra mais ouvida no Brasil, uma das favoritas de Beyoncé e “uma das únicas mulheres de herança afro-latina a atingir um bilhão de streams no Spotify e fazer um set no palco principal do Coachella”. O The Guardian destaca também sua força no combate ao racismo e à homofobia. Durante a entrevista, ela diz: “Quando comecei como cantora, fui vítima de racismo e sofri em silêncio. Mas agora sei o quanto sou importante e como posso ajudar mulheres como eu“.
Para o show no Coachella, que representou um importante marco para a sua carreira internacional, Ludmilla investiu mais de R$ 8 milhões. Foram contratadas três empresas — sendo duas internacionais — para a produção e realização do show, uma delas responsável pelos engenhosos palcos do SuperBowl. A produção contou com um palco com 15 metros de “boca de cena”, uma cenografia surpresa de 4 metros de altura, elevador e um total de 7 toneladas com todo aparato estrutural. Uma escada espelhada que imitava barras de ouro chamou atenção.
Além disso, antes mesmo de subir ao palco, a brasileira conseguiu impactar o público ao ser anunciada por sua maior ídola, Beyoncé. “Diretamente do Rio de Janeiro para a Califórnia, e agora aqui no Coachella, senhoras e senhores: Ludmilla”, disse a artista em áudio gravado em inglês.
“Eu tinha 45 minutos para mostrar ao mundo quem é Ludmilla. Escolhi cantar em português e isso pode ser um desafio quando se trata de um público de outro país. Mas acredito que consegui alcançar o meu objetivo”, disse Ludmilla ao The Guardian.