O medicamento Mounjaro, produzido pela farmacêutica Eli Lilly, já tem data para chegar ao mercado brasileiro: 7 de junho. Aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) exclusivamente para o tratamento do diabetes tipo 2, o remédio já vinha sendo importado e utilizado de forma off label para obesidade.
O preço máximo estipulado pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) é de R$ 3.627,82 por caneta de até seis doses, sem considerar impostos e outras variáveis de precificação. No entanto, o valor final pode variar conforme a comercialização no país.
Como funciona o Mounjaro?
O princípio ativo do Mounjaro é a tirzepatida, um medicamento injetável de aplicação semanal que atua estimulando dois hormônios ao mesmo tempo, o que potencializa seus efeitos no controle do diabetes tipo 2. Estudos da Eli Lilly indicam que o remédio se mostrou mais eficaz do que o Ozempic (semaglutida) na redução da hemoglobina glicada, um dos principais parâmetros para avaliar o controle da doença.
O tratamento com a tirzepatida segue uma dosagem progressiva, iniciando em 2,5 mg e podendo chegar a 15 mg, sempre sob supervisão médica. Entre os possíveis efeitos colaterais, estão hipoglicemia, náuseas e desconfortos gastrointestinais.
Tratamento da obesidade
No Brasil, a aprovação do Mounjaro é restrita ao tratamento do diabetes tipo 2, mas a Eli Lilly já submeteu um pedido à Anvisa para ampliar sua indicação para obesidade. Nos Estados Unidos, o medicamento já recebeu autorização para esse uso, tornando-se uma opção promissora para pacientes que buscam controle de peso.
Uma pesquisa publicada na revista científica JAMA Internal Medicine em julho de 2024 reforça a eficácia da tirzepatida na perda de peso, indicando resultados superiores aos da semaglutida, princípio ativo do Ozempic e do Wegovy, em pacientes com sobrepeso e obesidade.