Os astronautas da NASA Butch Wilmore e Suni Williams finalmente retornaram à Terra, nesta terça-feira (18), após passarem nove meses na Estação Espacial Internacional (ISS). O que deveria ser uma missão de apenas oito dias foi prolongado devido a falhas na nave Boeing Starliner, que deveria trazê-los de volta. Diante dos problemas técnicos, a agência espacial norte-americana decidiu resgatá-los com a cápsula Crew Dragon, da SpaceX.
A viagem de retorno começou às 2h05 (horário de Brasília), quando Wilmore e Williams embarcaram na Crew Dragon junto com outros dois astronautas e desacoplaram da ISS. Após 17 horas de jornada, a cápsula reentrou na atmosfera terrestre às 18h45 ET e pousou suavemente no oceano, a cerca de 80 km da costa da Flórida.
“Que viagem”, comentou o astronauta Nick Hague, comandante da missão Crew-9, assim que a cápsula pousou na água. Após o resgate, a equipe foi levada para o Centro Espacial Johnson, em Houston, onde passará por exames médicos antes de retornar às suas famílias.
A longa permanência no espaço chamou a atenção de políticos e empresários. O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a criticar o atraso no retorno e alegou, sem apresentar provas, que o governo anterior teria deixado os astronautas “abandonados” na ISS. Já Elon Musk, dono da SpaceX e aliado de Trump, também pressionou por uma solução mais rápida.
Wilmore e Williams passaram 286 dias no espaço, tempo superior à média de seis meses das missões na ISS, mas distante do recorde americano de 371 dias, estabelecido por Frank Rubio em 2023. Além da experiência, os astronautas também enfrentaram os impactos físicos da microgravidade, como perda muscular e possíveis alterações na visão.