O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 25 de março o julgamento da denúncia contra Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado. A decisão foi tomada pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da 1ª Turma da Corte, responsável por avaliar se a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) tem elementos suficientes para abrir uma ação penal contra os acusados.
Se a denúncia for aceita, Bolsonaro e os demais envolvidos deixarão de ser apenas indiciados e passarão à condição de réus. O julgamento, no entanto, não determina culpa ou inocência, apenas analisa se há base legal para o prosseguimento do processo.
A PGR reforçou que as investigações reuniram provas suficientes para a abertura da ação penal, destacando a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que forneceu informações consideradas essenciais.
A denúncia envolve figuras-chave do governo anterior, incluindo o próprio Bolsonaro, além de nomes como Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), General Augusto Heleno (ex-ministro do GSI) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil), entre outros.
A decisão da 1ª Turma, composta por Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino, pode definir os próximos passos do processo, com impacto direto no futuro político de Bolsonaro e seus aliados.