Senado pode priorizar projetos de combate à violência contra a mulher

Senado pode priorizar projetos de combate à violência contra a mulher

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Roque de Sá/Agência Senado

Publicado em 21/02/2025 às 17:16 / Leia em 2 minutos

O Senado pode dar prioridade à votação de propostas voltadas ao combate à violência contra a mulher. A iniciativa, apresentada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), busca acelerar a tramitação de projetos relacionados ao tema, que frequentemente enfrentam atrasos no Congresso.

Em entrevista à TV Senado na última quarta-feira (19), a parlamentar criticou a demora na análise de propostas da pauta feminina e destacou a urgência de medidas eficazes para enfrentar crimes como o feminicídio da jornalista sul-mato-grossense Vanessa Ricarte, ocorrido em fevereiro.

“O homicida, o feminicida, já tinha 13 inquéritos, tentou matar o irmão seis vezes. É algo surreal. Chegamos ao ponto de implorar. É vergonhoso, mas é verdade: estamos mendigando, mas fazemos isso de cabeça erguida”, declarou Soraya.

A proposta da senadora, registrada no Projeto de Resolução do Senado (PRS) 5/2025, defende que iniciativas legislativas relacionadas à violência de gênero tenham prioridade na pauta do Senado. A ideia é transformar essa diretriz em uma norma permanente da Casa, permitindo respostas mais ágeis e efetivas para um problema que ainda envergonha a sociedade brasileira.

O projeto foi protocolado na quarta-feira, no mesmo dia em que ocorreu a primeira reunião da Bancada Feminina do Senado em 2025. Durante o encontro, as senadoras reforçaram a necessidade de garantir a tramitação contínua de propostas sobre direitos das mulheres, e não apenas em março, mês marcado pelo Dia Internacional da Mulher.

“Todos os anos, em março, escolhemos dois ou três projetos para destacar, mas eu me recusei a fazer isso desta vez. Nos anos anteriores, destaquei cerca de 20 projetos e nenhum avançou. Era para inglês ver”, criticou Soraya.

A iniciativa pode representar um avanço significativo na luta contra a violência de gênero, caso seja aprovada. Agora, a proposta aguarda análise no Senado para definir se a prioridade será implementada de forma permanente no regimento da Casa.

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