Enxaqueca com aura: especialista explica doença hereditária que afeta Jakelyne Oliveira

Enxaqueca com aura: especialista explica doença hereditária que afeta Jakelyne Oliveira

Redação Alô Alô Bahia

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Publicado em 20/02/2025 às 12:58 / Leia em 4 minutos

Nos últimos dias, a modelo e ex-participante de A Fazenda, Jakelyne Oliveira, precisou ser internada na UTI após sentir fortes dores de cabeça e sintomas semelhantes a um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Durante o episódio, Jakelyne teve sua visão prejudicada, ficou sem raciocínio e sem conseguir falar, o que a levou a buscar atendimento médico urgente. O diagnóstico, no entanto, revelou que se tratava de uma crise de enxaqueca com aura, uma condição neurológica que afeta milhares de pessoas.

O que é a enxaqueca com aura?
A neurologista Lara Fraga explicou em entrevista à revista Caras que enxaqueca é uma doença caracterizada pela hiperexcitabilidade dos neurônios, o que pode levar a diversos sintomas, sendo o mais conhecido a dor de cabeça intensa.

Segundo a especialista cerca de 30% dos pacientes com enxaqueca apresentam aura, que ocorre entre 20 e 30 minutos antes da dor principal.

“A aura é um sintoma neurológico que pode afetar os cinco sentidos. Entre os sintomas visuais estão brilhos, sombras, distorção da imagem e até perda temporária da visão. Também podem ocorrer dormência no rosto e nos braços, ruídos ou zumbidos, percepção de cheiros inexistentes e alteração no paladar”, explica a especialista à publicação.

Além da aura, o corpo pode apresentar outros sinais que antecedem a crise. A neurologista destaca que sintomas como bocejos frequentes, dificuldade de raciocínio, irritabilidade, ansiedade, fadiga, rigidez no pescoço e problemas intestinais podem ocorrer de horas a um dia antes da dor de cabeça. Esse conjunto de sinais é chamado de pródromo da enxaqueca.

Saiba diferenciar enxaqueca de AVC
Os sintomas da enxaqueca com aura podem ser confundidos com um AVC, já que ambas as condições afetam o sistema nervoso central. No entanto, a Dra. Lana Fraga esclarece que há diferenças fundamentais entre os dois quadros.

“No caso da enxaqueca, os sintomas surgem de forma gradual e a dor pode durar até três dias. Já no AVC, os sinais são súbitos, não melhoram em minutos ou horas e podem incluir perda de força nos membros, paralisia facial e dificuldade para falar. Se os sintomas forem repentinos e intensos, é essencial buscar atendimento médico imediato”, alerta.

Como foi a primeira vez que Jakelyne Oliveira enfrentou esse tipo de episódio, sua decisão de procurar um hospital foi correta para descartar um problema mais grave. Agora, com o diagnóstico de enxaqueca, ela precisa iniciar um tratamento para controlar as crises.

Segundo a neurologista, altas temperaturas podem influenciar no surgimento de uma crise, pois o calor aumenta o risco de desidratação e pode reduzir o fluxo sanguíneo no cérebro, desencadeando dores de cabeça.

Outros fatores que podem levar à enxaqueca incluem jejum prolongado, noites mal dormidas, estresse intenso, consumo de álcool e variações bruscas no clima. No entanto, a especialista ressalta que esses fatores só provocam crises quando a doença não está adequadamente tratada.

Como evitar as crises?
A melhor maneira de evitar as crises é tratar e controlar a enxaqueca com medidas adequadas. “O tratamento inclui o uso de medicamentos preventivos, ajustes alimentares, gerenciamento do estresse com técnicas como meditação e psicoterapia, além de prática regular de atividade física e acompanhamento com um neurologista especializado”, explica a Dra. Lana Fraga.

Além disso, muitas pessoas podem sofrer de enxaqueca sem saber. Sintomas como dores de cabeça recorrentes, fadiga, irritabilidade, dificuldades de concentração, distúrbios digestivos e dores no corpo podem indicar a presença da doença.

“Sentir dor não é normal. Se você apresenta esses sintomas com frequência, procure um especialista para avaliação. Não espere ter uma crise intensa para buscar tratamento”, finaliza a médica.

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