Governo Lula aceita convite e Brasil passa a integrar o bloco da Opep+

Governo Lula aceita convite e Brasil passa a integrar o bloco da Opep+

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Ricardo Stuckert/PR

Publicado em 18/02/2025 às 15:05 / Leia em 3 minutos

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva aceitou oficialmente o convite da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados) e o Brasil se torna mais um membro do influente fórum internacional de produtores de petróleo. A decisão foi tomada durante reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), nesta terça-feira (18) , e reflete um movimento estratégico do país no cenário global de energia.

A adesão à Opep+ foi um convite lançado há mais de um ano e, após análises e discussões internas, foi formalizada durante a visita do presidente Lula à Arábia Saudita, em novembro de 2023, para a cúpula do clima em Dubai.

Contudo, a decisão gerou controvérsia, considerando que a conferência tinha como foco a transição para fontes de energia mais sustentáveis e a redução da dependência de combustíveis fósseis.

Opep+

O Brasil se une a um seleto grupo de países produtores de petróleo, com a diferença de que, ao contrário dos membros plenos da Opep, não terá a obrigação de realizar cortes na produção do combustível. Isso permite ao país continuar sua política energética de maneira independente, sem limitações impostas pelo cartel. Com a entrada do Brasil, o país reforça sua posição estratégica no mercado global de energia, o que pode gerar impactos na produção e no preço do petróleo no futuro.

Esta decisão vem em um momento crucial, logo antes da COP30, que será sediada em Belém, e coincide com um crescente debate sobre a transição energética e os desafios de balancear a demanda por energias fósseis com as necessidades ambientais. Em uma de suas declarações, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que o ingresso do Brasil na Opep+ não comprometeria a gestão dos recursos naturais do país, permitindo a continuidade de uma política energética alinhada com seus próprios interesses.

Reação dos Ambientalistas

Durante a reunião, Silveira explicou que o Brasil também avançou em sua adesão à Agência Internacional de Energia (AIE) e à Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA), organismos que trabalham para incentivar a transição para fontes de energia mais limpas. O ministro, no entanto, defendeu o petróleo como uma fonte ainda essencial de energia global, argumentando que, enquanto houver demanda, o Brasil tem a responsabilidade de explorar seus recursos naturais de maneira estratégica.

Em relação às críticas de ambientalistas, que consideram a adesão à Opep+ uma contradição em tempos de busca por alternativas aos combustíveis fósseis, Silveira se posicionou como um defensor do meio ambiente. “Eu também sou ambientalista, talvez mais do que muitos dos que me criticam. Mas é importante compreender que, em um mundo que ainda depende do petróleo, há necessidade de explorar nossas potencialidades de forma racional”, afirmou o ministro.

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