A Reserva Particular do Patrimônio Natural Lontra, um remanescente de Mata Atlântica, foi o local escolhido como novo lar para 40 animais silvestres que chegaram ao Centro Estadual de Triagem de Animais Silvestres, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Os animais foram reintegrados ao seu habitat nesta terça-feira (11).
O veterinário Marcos Leônidas, responsável por liderar a ação de soltura, falou sobre a importância da reintrodução dos animais silvestres e do trabalho realizado pela equipe do Cetas. “Antes da soltura, esses animais passaram por um processo cuidadoso de triagem e reabilitação, alguns receberam intervenção clínica e medidas nutricionais, pois chegaram ao centro com estado de saúde debilitado. Também foi realizada uma avaliação do comportamento natural de cada indivíduo, observando as condições ideais para se desenvolverem no ambiente onde serão reintroduzidos”, explicou.
Nesta fase de reintrodução, foram selecionadas serpentes, mamíferos e aves, incluindo jiboias, jararacas, cobras-cipó, coral-verdadeira, cipó-bicuda e corre-campo, além de cachorro-do-mato, sariguês-orelha-preta, sariguês-orelha-branca, carcarás e gaviões-carijó. De acordo com o veterinário, os animais serão monitorados durante o período de adaptação
“Este momento inicial é de reconhecimento do território, dos locais de refúgio, de alimentação e fonte de água, mas como esse é o bioma de origem deles a adaptação é quase que imediata. As aves de rapina, por exemplo, soltamos em áreas de vegetação mais aberta, para facilitar o vôo”, detalhou.