Preta Gil recebeu alta hospitalar, nesta terça-feira (11), após quase dois meses internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
A cantora, de 50 anos, enfrentou uma cirurgia de 20 horas para a retirada de tumores e agora segue em recuperação em casa, sob cuidados ambulatoriais.
Desde o diagnóstico, em 2023, sua trajetória foi marcada por desafios, momentos críticos e uma batalha constante contra a doença.
O diagnóstico e os primeiros desafios
Em janeiro de 2023, Preta Gil foi diagnosticada com câncer colorretal. Na autobiografia “Preta Gil: os primeiros 50”, ela relembra como descobriu o tumor e o início do tratamento. “Comecei a quimioterapia em janeiro. No quinto ciclo, em abril, tive uma sepse, fui parar na UTI e quase morri”, contou.
A sepse, uma resposta inflamatória grave do organismo a uma infecção, colocou a cantora em risco. O choque séptico aconteceu no final de março, um dia após ela se sentir mal e procurar atendimento médico no Rio de Janeiro.
Os médicos acreditam que uma bactéria pode ter entrado no organismo por um cateter. O problema gerou sequelas, incluindo complicações pulmonares, exigindo um período de reabilitação antes de retomar o tratamento oncológico.
Cirurgias, uso da bolsa de ileostomia e remissão
Após se recuperar da sepse, Preta decidiu continuar o tratamento em São Paulo, onde passou por sessões de quimioterapia e radioterapia. Em agosto de 2023, foi submetida à primeira cirurgia para retirada do tumor. Como parte do pós-operatório, precisou usar uma bolsa de ileostomia temporária, por onde saíam as fezes.
Em novembro, passou por uma nova operação para a reconstrução do trato intestinal e retirada da bolsa. Durante esse período, não escondeu o dispositivo, ajudando a desmistificar seu uso e conscientizar sobre a realidade de pacientes oncológicos. “Tive que reaprender a evacuar com fisioterapia pélvica para fortalecer meu esfíncter”, revelou na autobiografia.
Após meses de tratamento intenso, cirurgias e acompanhamento médico rigoroso, Preta recebeu a notícia mais esperada: a remissão do câncer, que voltaria alguns meses depois.
A recidiva e a cirurgia de 20 horas
Em agosto de 2024, Preta anunciou que a doença havia voltado, desta vez em quatro locais: dois tumores nos linfonodos, um nódulo no ureter e metástase no peritônio. Diante do avanço da doença, os médicos optaram por uma cirurgia extensa, realizada em 19 de dezembro de 2024, no Hospital Sírio-Libanês.
O procedimento durou 20 horas e exigiu um longo período de internação. Durante esse tempo, a cantora recebeu o apoio de familiares e amigos próximos. Passou o Natal na UTI e, na virada do ano, já na semi-intensiva, celebrou ao lado do pai, Gilberto Gil, da neta Sol de Maria e de amigos como Gominho.
No fim de janeiro, Preta revelou que, após a última cirurgia, precisou voltar a usar uma bolsa de colostomia — desta vez, de forma definitiva. “É um reaprender, mas sou muito grata a ela por isso”, disse.
Apoio da família, dos fãs e de Ivete Sangalo
Ao longo da batalha contra o câncer, Preta foi amparada pelo carinho da família, dos amigos e do público. Gilberto Gil, em entrevista à Quem, destacou o apoio recebido pela filha. “Ela é cuidada pelo Brasil inteiro”, afirmou.
No dia de sua alta, nesta terça-feira (11), Ivete Sangalo também celebrou a recuperação da amiga e publicou uma mensagem emocionante. “Deus, meu coração é só gratidão. Ela é filha de Deus perfeito. Ela é força e coragem e todo amor do mundo. Viva você, minha amiga. Meu coração é só alegria”, escreveu a cantora.
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Agora, após receber alta, Preta inicia um novo capítulo de sua vida. “Foram quase 2 meses lutando e sem nunca deixar de acreditar! Agora inicio uma nova vida em casa e mais fortalecida!”, celebrou Preta.
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