A ministra da Cultura Margareth Menezes visitou a Igreja de São Francisco de Assis, na tarde desta quinta-feira (6), após o desabamento do forro do teto central, que ocasionou a morte da turista paulista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, na última quarta-feira (5). Após a visita, que ocorreu por volta das 16h, ela prestou solidariedade à família da vítima e não descartou a possibilidade de uso de recursos federais para a reconstrução do espaço religioso.
“Nós vamos unir forças e buscar os recursos aonde for possível. Nós estaremos juntos. O mais importante é que nós vamos fazer essa reconstrução. […] Os recursos podem ser federais também. Eu acho que é uma missão a partir de agora e é esse olhar que estamos trabalhando no Ministério da Cultura, na liderança do presidente do Iphan e em todo o Brasil”, disse.
Leia também: Família de turista que morreu em desabamento na Igreja de São Francisco chega a Salvador
Em entrevista coletiva, a ministra contou que teve a oportunidade de conversar com os pais de Giulia e que estava focada, em primeiro lugar, em se solidarizar com a dor da família. Segundo ela, os próximos passos serão dados pela equipe do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que farão análises técnicas no local
Uma equipe de Brasília já foi deslocada para Salvador para começar os trabalhos na igreja e já foi identificada a necessidade de reparos emergenciais. Até o momento, não há estimativa de quanto será gasto no restauro. “Esses custos estão sendo levantados. Inclusive, já tinha um projeto contratado para fazer o restauro não só da igreja, mas também da área externa, mas, infelizmente, essa tragédia aconteceu antes de tudo”, lamentou Margareth.
Leandro Grassi, presidente do Iphan, acompanhou a ministra na visita e informou que as equipes da autarquia foram até o templo religioso na manhã desta quinta para apurar, junto com a perícia da Polícia Federal e com a colaboração dos freis na obtenção de informações sobre as condições do local, os motivos que ocasionaram o desabamento.
“O Iphan, a partir da próxima semana, dá início a uma contratação emergencial, que inclui a estabilização do imóvel para que não haja mais desabamento e para que possamos fazer o escoramento e o recolhimento daquilo caiu. Há coisas ali que ainda podem ser tratadas e aproveitadas. Haverá esse esforço coletivo para, depois, avançar ainda mais na requalificação do espaço e no seu restauro para a gente poder abrir essa igreja de novo”, concluiu Leandro.