Em pleno verão, um abaixo-assinado quer proibir aparelhos de som nas areias de Salvador. Os equipamentos têm níveis de potências e tamanhos variáveis. Enquanto alguns, mais discretos, ficam em cima das mesas, outros precisam ser puxados por rodinhas.
Entre os dias 15 de janeiro e 5 de fevereiro, o documento intitulado “Pela proibição de aparelhos de som nas praias de Salvador” recebeu 8.475 assinaturas na plataforma Change.org. A meta é que 10 mil pessoas colaborem. Outra petição na mesma plataforma também manifesta o desejo contra as caixas de som. Dessa vez, em Morro de São Paulo.
Cidades como Vitória (ES), Guarujá (SP) e Itapema (SC) são algumas onde a prática de escutar som alto na praia é proibida por lei. No sul da Bahia, a prefeitura de Itacaré proibiu a utilização de caixas de som nas praias. A medida passou a valer em dezembro do ano passado. A multa pode chegar a R$ 20 mil. Também estão proibidos churrascos, acampamentos e trânsito de animais.
Foram registradas 23.187 denúncias de poluição sonora em 2024 em Salvador. A média é de 63 reclamações por dia. Nenhuma delas foi motivada por emissão de sons em praias, segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur).
Projeto de lei
Na terça-feira (4), foi protocolado um projeto de lei que prevê a proibição dos aparelhos eletrônicos, além de apreensão e multa, nas praias de Salvador. A autoria é do vereador Alexandre Aleluia (PL). O político também é responsável pelo projeto nº 21/2025, que propõe a proibição da colocação antecipada de kits de praia no Porto da Barra sem a solicitação prévia do usuário.
O vereador explicou o novo projeto de lei em uma publicação no Instagram. “Protocolei hoje um projeto de lei que proíbe caixas de som nas praias de Salvador, com multa e apreensão do equipamento pela Prefeitura”, disse.