Baiano de 24 anos está por trás de revolução da Inteligência Artificial no Agro; entenda

Baiano de 24 anos está por trás de revolução da Inteligência Artificial no Agro; entenda

Redação Alô Alô Bahia

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José Mion/Alô Alô Bahia com informações da Forbes Brasil

Divulgação

Publicado em 30/01/2025 às 18:07 / Leia em 3 minutos

Aos 24 anos, o baiano Gabriel Leal é um dos responsáveis pelo Turing, um chatbot capaz não apenas de coletar, monitorar e mapear dados de uma plantação, mas também de interagir diretamente com o produtor rural. A novidade, espécie de “ChatGPT” voltado para o agronegócio, foi lançado na última terça-feira (28).

“O Turing é um grande sonho meu de levar tecnologia e dados para produtores rurais, especialmente os pequenos, que terão acesso gratuito à plataforma”, afirmou Leal, natural de Livramento de Nossa Senhora, durante a apresentação para investidores. A ideia de criar uma Inteligência Artificial (IA) acessível para o pequeno produtor nasceu da experiência pessoal dele, criado no interior da Bahia, ajudando o pai na produção manual de mangas. “Sempre me perguntei por que não existiam equipamentos para automatizar esse processo”, relembra.

O sistema combina Inteligência Artificial (IA), monitoramento por drones autônomos, robôs terrestres e um aplicativo central de análise agronômica e sucede outra criação do jovem autodidata baiano, um dos fundadores e CEO da Psyche Aerospacial, agtech 100% brasileira responsável pelo maior drone do mundo para pulverização agrícola, capaz de cobrir 40 hectares por hora.

Foto: Julia Maciel/Forbes

“Não adianta apenas coletar informações se elas não forem analisadas e não resultarem em uma resposta prática para o produtor”, explica Anderson Rocha, consultor de IA na Psyche, que tem como sócio também Victor Hespanha, primeiro brasileiro civil a viajar ao espaço. Neste sentido, o Turing surgiu da necessidade de tornar a tecnologia mais acessível e eficiente no campo.

Foram 90 dias de testes até o Turing pode ser apresentado oficialmente, capaz de integrar dados de solo, clima e cultivos com bancos de dados públicos, como os da Embrapa, o que permite ao produtor uma visão macro e detalhada de sua propriedade.

O acesso à plataforma será gratuito para pequenos produtores, enquanto médios e grandes, além de empresas do setor, pagarão uma taxa de uso. O modelo de cobrança seguirá a lógica da OpenAI, com planos empresariais variando de R$ 250 e R$ 2,5 mil mensais, a depender do número de usuários na plataforma.

Diante do desafio da conectividade em muitas áreas rurais, a Psyche já estuda parcerias com operadoras de telefonia para a instalação de antenas em suas bases operacionais, estruturas equipadas para armazenar drones e controlar os equipamentos remotamente. No entanto, quem desejar ter uma dessas unidades em sua propriedade precisará investir cerca de R$ 18 milhões.

Como o céu não é o limite, a Psyche também planeja a construção de um parque industrial de 100 mil m² em Cajamar, Itupeva ou Campinas, para expandir sua capacidade de produção de drones e robôs. A startup já desenvolveu seis modelos diferentes, incluindo o Harpia P-71, já mencionado anteriormente.

Atualmente, a fábrica da Psyche em São José dos Campos produz um drone a cada três dias. A nova unidade, que terá um custo entre R$ 40 e R$ 60 milhões, permitirá a fabricação diária de três drones de pulverização, três de mapeamento, um de monitoramento, cinco para coleta de amostras de solo e três para análise espectral. Para financiar a expansão, a empresa busca captar entre US$ 50 milhões e US$ 60 milhões na rodada B de investimentos. Até o momento, já foram arrecadados R$ 17 milhões, incluindo um aporte de R$ 15 milhões feito em 2024.

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