O corpo do papa Francisco foi levado, nesta quarta-feira (23), da Casa Santa Marta, onde vivia no Vaticano, até a Basílica de São Pedro, onde começou o velório público.
A procissão, acompanhada por milhares de fiéis e religiosos, foi conduzida pelos sediários pontifícios, grupo de 14 homens que integram a corte cerimonial da Santa Sé e são responsáveis por funções operacionais e protocolares dentro do Vaticano.
Esses servidores, que no passado carregavam a tradicional cadeira papal, assumiram a missão de conduzir o caixão de madeira com revestimento de zinco, em linha com o desejo do próprio Francisco, que pediu um funeral mais simples.
Diferente de seus antecessores, ele optou por não ser enterrado na cripta da Basílica de São Pedro, mas sim na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma.
O cortejo atravessou a Praça Santa Marta, passou pelo Arco dos Sinos e entrou na Basílica pela porta central, sob aplausos de aproximadamente 20 mil pessoas, em um gesto de reverência típico das cerimônias fúnebres italianas.
Antes da abertura ao público, bispos, padres e cardeais realizaram os primeiros ritos litúrgicos diante do caixão, disposto diretamente no chão da basílica, sem o uso de plataformas, também por vontade do pontífice.
A cerimônia foi conduzida pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Santa Sé, que também presidirá os atos litúrgicos até o funeral oficial. A missa de despedida ocorrerá no sábado (26), às 10h no horário local (5h em Brasília), sob comando do cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais. O ritual abrirá os novemdiales, nove dias de luto e orações pela morte de um papa.
O velório público segue até sexta-feira (25), com o fechamento do caixão programado para as 15h de Brasília.