O papa Francisco, 88, permanece internado no hospital Gemelli, em Roma, há quase três semanas devido a uma pneumonia. Segundo o Vaticano, seu estado de saúde segue estável, sem novos episódios de crises respiratórias.

Diante da melhora do quadro, os médicos decidiram não emitir novos boletins até sábado (9), “considerando a estabilidade de sua condição clínica”. Apesar disso, o prognóstico ainda é considerado cauteloso.

Francisco foi hospitalizado em 14 de fevereiro devido a uma infecção respiratória severa, que exigiu tratamento intensivo. Na última atualização médica, o Vaticano informou que o pontífice não apresentou febre e seus exames sanguíneos permanecem dentro da normalidade.

Na segunda-feira (4), o papa enfrentou dois episódios de insuficiência respiratória aguda, necessitando de ventilação mecânica não invasiva – um dispositivo que impulsiona ar para os pulmões por meio de uma máscara. Atualmente, ele utiliza essa ventilação apenas à noite e, durante o dia, recebe oxigênio por uma cânula nasal.

Mesmo internado, Francisco manteve sua rotina de trabalho. Nesta quinta-feira (7), o Vaticano informou que ele continua exercendo suas funções enquanto se recupera. Além disso, segue com sessões de fisioterapia para ajudar na mobilidade, comprometida por dores no joelho e nas costas.

O papa não aparece em público desde a internação, sua ausência mais longa desde o início de seu pontificado, há 12 anos. Não há previsão oficial para sua alta.

Nos últimos anos, Francisco enfrentou diversos problemas de saúde. Na juventude, ele teve uma pleurisia que levou à remoção de parte de um pulmão, o que o torna mais suscetível a complicações respiratórias.

A pneumonia dupla, que afeta ambos os pulmões, pode causar inflamações e cicatrizes, dificultando a respiração. Os médicos seguem monitorando o quadro do pontífice com cautela.