Ícone mundial do judô, Mayra Aguiar anuncia aposentadoria: “fui até onde meu corpo permitiu”

Ícone mundial do judô, Mayra Aguiar anuncia aposentadoria: “fui até onde meu corpo permitiu”

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Reprodução

Publicado em 26/12/2024 às 17:37 / Leia em 3 minutos

Considerada um dos grandes ícones mundiais do judô, a gaúcha Mayra Aguiar anunciou nesta quinta-feira (26) a aposentadoria de sua carreira competitiva. Única tricampeã mundial entre judocas homens e mulheres, Mayra também é a atleta que mais vezes representou o Brasil em edições consecutivas dos Jogos Olímpicos – de Pequim 2008 a Paris 2024 –, nas quais faturou três bronzes (Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020).ebc.pngebc.png

“Estou encerrando oficialmente minha carreira esportiva em alto rendimento. Fui até onde meu corpo permitiu e, mesmo quando ele não permitia mais, forcei ainda mais alguns anos, porque sou teimosa (rs). O judô moldou minha vida, meus valores, minhas amizades e minha visão de mundo. Serei eternamente grata por tudo o que vivi dentro e fora dos tatames”, afirmou a atleta em comunicado divulgado através das redes sociais.

A trajetória de Mayra no judô começou aos 11 anos, quando ela começou a treinar na Sociedade de Ginástica de Porto Alegre. Aos 14 anos, a gaúcha estreou na seleção brasileira júnior. Dois anos depois, já integrante da equipe adulta, Mayra faturou a prata nos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro (2007), na categoria peso médio (70 quilos). No ano seguinte, aos 17 anos, a judoca debutou em Olimpíadas na edição de Pequim (2008).  A partir do ano seguinte, quando subiu para a categoria meio-pesado (78 kg), Mayra foi ampliando ainda mais a coleção de medalhas e títulos, dentro e fora do Brasil. Por 15 anos, a gaúcha se manteve entre as melhores do mundo e, por duas temporadas (2013 e 2022) liderou o ranking da Federação Internacional de Judô.

Em 2022, Mayra conquistou o inédito tricampeonato mundial de judô para o Brasil – ela já vencera em 2014 e 2017. Também em Mundiais faturou prata (individual em 2010, e por equipes em 2013) e bronze (2011, 2013 e 2019). A judoca é a única brasileira campeã dos tradicionais Grand Slam de judô de Paris (2012 e 2016) e de Tóquio (2023), último pódio de Mayra no circuito mundial. Este ano, após um ciclo olímpico marcado por lesões, Mayra parou na estreia dos Jogos de Paris, ao ser superada pela italiana Alice Bellandi, número 1 do mundo nos 78 kg. 

Entreguei sempre tudo o que eu tinha. Em cada competição, em cada luta, deixei o máximo no tatame. Sou muito orgulhosa por tudo que fiz e muito grata a todas as pessoas que me ajudaram nessa caminhada, porque ninguém faz nada sozinho. Agora, vou recuperar o corpo e a mente e dedicar mais tempo a mim e às pessoas mais próximas”, revelou Mayra, em depoimento à Confederação Brasileira de Judô.

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