Salvador contabiliza 80 monumentos revitalizados nos últimos quatro anos

Salvador contabiliza 80 monumentos revitalizados nos últimos quatro anos

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Jefferson Peixoto / Secom

Publicado em 10/10/2024 às 08:39 / Leia em 4 minutos

Em cada canto de Salvador há um monumento que conta parte da história da primeira capital do Brasil. São estátuas, bustos e fontes que relembram e preservam a memória soteropolitana. Com intuito de manter vivos os capítulos relacionados aos fatos e personagens da cidade que completou 475 anos em março, a Prefeitura de Salvador realiza ações de revitalização dessas obras de arte. Nos últimos quatro anos, a Fundação Gregório de Mattos requalificou 80 monumentos, totalizando quase R$8 milhões de recursos investidos. Somente neste ano, 20 monumentos receberam recursos que somaram R$635 mil e foram entregues à população totalmente restaurados. Segundo a FGM, outros oito estão em processo de requalificação. O trabalho tem como foco a preservação das características originais de cada peça.

Entre os próximos monumentos que serão restaurados, estão o Barão do Rio Branco, no Centro; J.J. Seabra, no Comércio; Irmãos Pereira, na Conceição da Praia; Júlio Davi, na Ribeira; o Centro da Ancestralidade – Mestre Didi, no Rio Vermelho; e as Meninas do Brasil, além da manutenção do conjunto de flores urbanas do artista Ray Vianna, no Rio Vermelho e Garibaldi.

O gerente de Patrimônio Cultural da FGM, Vagner Rocha, destaca a importância das ações de requalificação dos monumentos que ajudam a contar a história de Salvador. “Executamos cerca de 20 restauros por ano. É um trabalho realizado com muita pesquisa, estudo e exige de nós atenção nos detalhes. São obras seculares que, embora precisem ser reformadas, necessitam também da manutenção das características originais, preservando a autenticidade”, explica.

Além das ações para preservação dos bens públicos, Rocha relembra que a FGM executa projeto de educação patrimonial #Reconectar, com a instalação de QR Code nos monumentos para que soteropolitanos, visitantes e estudantes conheçam melhor os fatos e personagens históricos da cidade. “A ideia é que as pessoas se reconheçam nos elementos simbólicos que representam nossa identidade, memória e que repercutem nos nossos valores sociais”, diz.

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Obras revitalizadas – Entre os monumentos revitalizados no último ano, estão o Caboclo, a Cabocla e demais símbolos do 2 de Julho; os bustos dos heróis da Revolta dos Alfaiates, na Praça da Piedade; o Relógio de São Pedro, na Avenida Sete; a efígie de Rubén Darío, no Morro do Ypiranga; o conjunto arquitetônico que forma o Marco de Fundação da Cidade, inclusive o painel de azulejos portugueses, e a Estátua do Cristo na Barra, além das obras de revitalização das Fontes do Santo Antônio e do Baluarte, na Ladeira da Água Brusca; Dos Padres, no Comércio; e Gravatá, em Nazaré.

O restauro do Relógio de São Pedro, por exemplo, custou R$69,4 mil. O relógio, em forma de poste de iluminação, foi inaugurado em 1916. O equipamento é assim denominado em referência à Igreja de São Pedro Velho, construída em 1785 e derrubada em 1913 para a construção da Avenida Sete de Setembro.

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No Porto da Barra, houve o restauro do painel de azulejos portugueses, composto por 510 azulejos que representam a chegada e fundação da cidade por Thomé de Souza. A obra é uma homenagem por ocasião do 4º Centenário de Fundação da Cidade (1549 a 1949). Em 2003, o ceramista português Eduardo Gomes reproduziu o desenho original, feito pelo artista Joaquim Rebuco. Deteriorado pela força do tempo, o painel foi recuperado com um investimento de R$100,6 mil. Já o Cristo da Barra foi restaurado e polimentado.

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