Conheça roda de samba em Salvador que a música só acaba quando a vela se apaga

Conheça roda de samba em Salvador que a música só acaba quando a vela se apaga

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Kirk Moreno / Alô Alô Bahia

Acervo / Banjo Novo

Publicado em 10/10/2024 às 09:22 / Leia em 2 minutos

Uma festa de samba tem chamado atenção em Salvador. Trata-se do Banjo Novo, que está em sua 19ª edição na cidade e se diferencia por ser um som mais acústico, intimista e com poucos instrumentos amplificados. O destaque fica por conta da presença marcante da sonoridade do banjo – instrumento de corda trazidos pelos escravizados da África – e da vela, que marca o tempo da roda de samba. Sim, é isso mesmo: quando a fonte de luz se apaga, a música é encerrada.

A vela é a branca do tipo palito (geralmente mede 18 cm) e fica no centro da roda de samba. A produção explica que a música já chegou a durar 4h30. O Banjo Novo acontece tradicionalmente às sextas-feiras e, seguindo as tradições soteropolitanas, os participantes são convidados a sempre irem vestidos de branco. “São todos esses elementos que constroem a energia singular e vibrante que emana o evento, que foi idealizado para resgatar e celebrar o samba raiz autêntico em Salvador”, diz Samora Amorim, que ao lado de Igor Reis fundou o projeto.

A vela é colocada no centro da roda de samba.

O evento é itinerante, sendo realizado mensalmente ou por demanda – de acordo com as datas festivas e as movimentações da cidade. A última edição aconteceu no  sábado (4), no Santo Antônio Além do Carmo. “O Banjo Novo tem reacendido a chama do legado musical afro-brasileiro que há muito tempo pulsa pelas ruas da capital baiana e contagia a todos, desde os mais jovens até os mais experientes. É mais do que um simples evento, é uma jornada emocional e cultural que busca conectar as gerações presentes com as raízes profundas do samba”, acrescentou Igor Reis.

Samora Amorim e Igor Reis, fundadores do Banjo Novo

O projeto, que já recebeu participação de nomes como Alinne Rosa, Buja Ferreira (Timbalada), Pierre Onassis e Lucas de Fiori (Olodum), já passou pelos bairros do Trobogy, Dois de Julho, Liberdade, Stella Maris, Itaigara, Pituaçu, Pelourinho, Barra e Santo Antônio Além do Carmo. Ficou curioso? A próxima edição está prevista para novembro. A data e local serão anunciados no perfil do Instagram: @banjo_novo.

O evento é itinerante e sempre às sextas-feiras

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